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Mais processos disciplinares por práticas violentas sobre recruta no quartel de Abrantes

Exército anunciou que foram instaurados quatro novos processos disciplinares, a dois oficiais, um sargento e uma soldado formanda do Regimento de Apoio Militar de Emergência, na sequência da queixa apresentada por uma recruta.

O Exército anunciou a instauração de mais quatro processos disciplinares no âmbito das alegadas práticas violentas exercidas sobre uma recruta do Regimento de Apoio Militar de Emergência, tendo enviado as conclusões do processo à autoridade judiciária competente. Em comunicado, o Exército escreve que a propósito do segundo processo urgente de averiguações instaurado no início de Janeiro, e “identificada a existência de indícios de infracções disciplinares”, foram instaurados quatro processos disciplinares a dois oficiais, um sargento e uma soldado formanda.
“Adicionalmente, por existirem indícios de infracção criminal, vai ser extraída cópia do relatório deste último processo de averiguações para o correspondente envio à autoridade judiciária competente”, lê-se na nota. O Exército detalha que “entre 10 e 17 de Janeiro de 2023 foram realizadas 15 inquirições no âmbito deste último processo de averiguações, tendo sido ouvidas 13 testemunhas (quatro oficiais da cadeia de comando e instrutores do Regimento de Apoio Militar de Emergência (RAME), um sargento instrutor e oito militares formandos do Curso de Formação Geral Comum de Praças)”.
O Diário de Notícias noticiou no início do mês que uma recruta do Regimento de Apoio Militar de Emergência (RAME), em Abrantes, terá sido alvo de práticas violentas, no âmbito de “uma praxe que na gíria denominam de ‘Formação Orientada de Desenvolvimento de Atitudes’”. A recruta em causa relatou ao jornal um “intenso esforço físico exigido pelo RAME, que a terá levado à exaustão e à ansiedade acabando por ir parar ao hospital com uma crise de taquicardia”, escreve o DN, entre outros episódios.
Questionado pela Lusa, o Exército adiantou que, antes do processo aberto em Janeiro, a 2 de Dezembro o comandante do RAME determinou a instauração de um processo de averiguações, decorrente de uma participação apresentada em 29 de Novembro por uma militar em formação naquela unidade. Na sequência desse processo de averiguações foram instaurados três processos disciplinares no RAME, “um dos quais contra a militar queixosa” aos quais agora se acrescentam os quatro anunciados a 26 de Janeiro.

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