Rastreio ao daltonismo em Tomar revelou que rapazes são quem mais sofre com problema
Dos 131 rapazes rastreados, seis apresentaram dificuldades de identificação das cores e 43 dificuldades de acuidade visual.
O concelho de Tomar foi um dos abrangidos pelo rastreio das dificuldades na identificação de cores, em especial no daltonismo, no âmbito das escolas do primeiro ciclo e na sequência de uma candidatura da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) dirigida aos municípios integrantes. Dos 131 rapazes rastreados, seis apresentaram dificuldades de identificação das cores e 43 dificuldades de acuidade visual, sendo sugerida consulta de especialidade para a realização de exames complementares. Das 144 raparigas rastreadas, nenhuma apresentou dificuldades de identificação das cores e 38 apresentaram dificuldades de acuidade visual, sendo igualmente sugerida consulta de especialidade.
A Associação ColorADD.Social, que se dedica a promover e potenciar a integração social das pessoas que têm daltonismo, realizou o rastreio na semana de 16 a 20 de Maio de 2022, mas os resultados só foram conhecidos agora. O rastreio envolveu alunos do 3º ano das 18 escolas públicas dos dois agrupamentos e das duas do João de Deus, num total de 275 crianças, das quais 144 raparigas e 131 rapazes. Segundo a ColorADD.Social, o daltonismo, ou cegueira da cor, é uma limitação que afecta um em cada 10 homens e uma em cada 200 mulheres. É uma limitação de condição hereditária, que afecta 350 milhões de pessoas em todo o mundo, criando aos seus portadores grandes constrangimentos ao nível da integração social e profissional e que, no contexto do processo de aprendizagem, tem impacto significativo no sucesso escolar.