A Endesa, empresa espanhola que no ano passado ganhou o concurso para a reconversão da Central Termoeléctrica do Pego, vai incorporar até Julho deste ano cerca de 50 ex-trabalhadores da central que produziu energia a carvão até 2021. A informação foi partilhada na última reunião do executivo da Câmara de Abrantes pelo presidente do município, Manuel Valamatos, que na segunda-feira, 20 de Março reuniu com o CEO da empresa no Parque de Ciência e Tecnologia, em Abrantes.
“A partir daí continuarão no processo de crescimento quer a Endesa quer outras empresas e queremos acreditar no resultado do fundo de transição justa. Teremos já, pelo menos, compensado os postos de trabalho que perdemos pela via do encerramento da central termoeléctrica a carvão”, disse o autarca socialista.
Afirmando que se está a “entrar num novo ciclo”, Manuel Valamatos, adiantou que foi iniciada uma formação para técnicos na área administrativa no domínio das energias renováveis e que dos 11 trabalhadores que já estão no activo, “alguns transitaram da central a carvão para a Endesa”.
Depois de ganhar o concurso para a reconversão da central do Pego em Março do ano passado, a Endesa anunciou em Novembro a abertura de um novo escritório em Abrantes que incorporou os primeiros ex-funcionários da central a carvão. É a partir daí que irá desenvolver o “Projeto Renovável do Pego, com um investimento de cerca de 600 milhões de euros para a instalação de nova capacidade solar (365 MWp) e eólica (264 MW) num esquema de hibridação suportado por uma bateria de armazenamento com capacidade total de 168,6 MW”.
Recentemente a empresa assegurou que mantém o compromisso de integrar os trabalhadores da antiga central, que serão considerados prioritários na cobertura destes novos postos de trabalho em Abrantes. O arranque do projecto do Pego está previsto para 2025.