O vereador da Câmara do Entroncamento eleito pelo Chega decidiu cortar laços “institucionais” com todos os eleitos do Partido Socialista na Câmara do Entroncamento. Luís Forinho disse, na última sessão camarária, ter sido censurado por um artigo opinião da sua autoria não ter sido publicado no boletim municipal. Critica ainda a forma como foi tratado pela vice-presidente da câmara, Ilda Joaquim, durante a ausência, por motivos de saúde, do presidente do município.
“A vice-presidente informou-me que, devido a uma brecha existente na lei, deixei de ter o direito de expressar a minha opinião livremente uma vez que não represento nenhum partido político. Naquele texto, que não foi publicado, eu iria expressar uma opinião pessoal sobre socialismo e democracia. Pelos vistos existe pouca democracia neste concelho”, criticou o agora vereador independente, eleito pela lista do Chega.
O PS, através da vice-presidente Ilda Joaquim, rejeitou a acusação justificando a decisão tomada tendo em conta que o texto está “adjectivado de forma ofensiva”. O presidente do município, o socialista Jorge Faria, rejeitou “atropelar direitos fundamentais” em justificação pela não publicação do artigo. “Todos os eleitos estão a trabalhar para defender os interesses da cidade e da população. O boletim municipal não serve para defender apologias ideológicas e atropelar direitos fundamentais”, sublinhou Jorge Faria, acrescentando que nunca teve relações com Luís Forinho, a não ser institucionais. “Não sei que tipo de relações é que vai cortar. Institucionalmente continuarei a comunicar consigo. De resto, cada um toma as posições que entender”, concluiu.