Torres Novas aprova contas com saldo positivo de 918 mil euros
Presidente do município de Torres Novas destacou a boa taxa de execução do plano de actividades do município, que além do saldo positivo terminou o ano com uma capacidade de endividamento superior a um milhão de euros. A oposição absteve-se na votação dos documentos.
O executivo da Câmara de Torres Novas aprovou, na reunião de 18 de Abril, os documentos de prestação de contas e relatório de gestão do exercício relativos a 2022 com um resultado líquido positivo de 918.917 euros e uma progressiva descida prevista no valor das amortizações de empréstimos, entre 2023 e 2027. Os documentos, que foram aprovados com os votos favoráveis do PS e as abstenções do PSD e do Movimento P’la Nossa Terra, vão seguir para apreciação da assembleia municipal.
O presidente da Câmara de Torres Novas, Pedro Ferreira (PS), destacou que o plano de actividades teve uma taxa de execução de 92%, “o que é uma boa referência de execução”, e que foi concretizado 86,35% do valor total previsto em orçamento, no montante corrigido de mais de 40 milhões de euros. Em relação às receitas executadas, no valor de quase 37 milhões de euros, o autarca socialista confessou que gostava de “ter tido uma aceleração maior” mas que existiram condicionalismos devido ao tempo de demoram as análises a candidaturas e pedidos de pagamento.
Relativamente ao Plano Plurianual de Investimentos, houve uma execução de 75% e comparativamente a 2021 o município arrecadou mais 2.429.310 euros. No respeitante a despesas executadas, num total de 34.658.087 euros, dos quais 65% correspondem a despesas correntes e 35% a despesas de capital, registou-se um aumento de 4.082.632 euros na despesa total, em relação ao ano anterior.
Muitas obras para mostrar
Pedro Ferreira salientou algumas obras já concluídas ou em vias de serem inauguradas que espelham a despesa de capital e o número de candidaturas aprovadas como as obras no Centro Escolar de Santa Maria e na Escola Maria Lamas, a USF Vila Cardilium, o gabinete medico veterinário, as obras da ciclovia e da Central do Caldeirão, a conclusão da empreitada no Convento do Carmo, a obra de requalificação do Almonda Parque e a construção da Loja do Cidadão que esta em vias de ser inaugurada (ver texto nesta edição). Os vários projectos aprovados em candidaturas a fundos comunitários totalizaram, em termos de aprovados, concluídos ou em curso, financiamentos num montante global contratualizado de 12.505.229 euros.
O vereador do PSD Tiago Ferreira disse que deixaria a análise política mais detalhada para a assembleia municipal devido ao pouco tempo (três dias) que lhe foi dado para analisar os documentos. Ainda assim, considerou que só “foi possível alcançar o resultado positivo” pelo facto de a conjuntura ter permitido mais cobrança de impostos municipais. Também o vereador independente António Rodrigues optou por não fazer uma análise extensa ao documento que ainda vai ser apreciado em assembleia municipal, justificando o seu sentido de voto da seguinte forma: “Vou-me abster porque sinto que este executivo está a criar uma política de subsídios que se dão a entidades do concelho” e que podem, na sua opinião, vir a “hipotecar a boa governança” da autarquia.