Azinhaga acolhe exposição que abre centenário da artista plástica Ilda Reis
A antiga escola primária da Azinhaga recebe a mostra “Ilda Reis: outro mundo”, com algumas das mais emblemáticas gravuras da autora, falecida em 1998.
A exposição “Ilda Reis: outro mundo”, que abre a celebração do centenário do nascimento da artista, foi inaugurada no dia 23 de Maio na antiga escola primária da Azinhaga, no concelho da Golegã. A exposição, com a curadoria de Ana Matos, apresenta algumas das mais emblemáticas gravuras de Ilda Reis, mostrando também parte do processo de trabalho de “um dos nomes incontornáveis da gravura portuguesa contemporânea”, afirma uma nota do Programa da Imagem e da Palavra da Azinhaga (PIPA).
A mostra decorre na sede do PIPA, na antiga escola primária da Azinhaga, onde está instalada a delegação da Fundação José Saramago, ficando em exibição até dia 27 de Agosto. A exposição, a primeira de várias que acontecerão este ano por todo o país a propósito do centenário do nascimento da artista plástica, “assinala o regresso de Ilda Reis à aldeia por onde passou muitos verões”, afirma o PIPA.
“Ao longo de quase 30 anos de actividade artística, Ilda Reis produziu aproximadamente uma centena de gravuras e serigrafias, tornando-se uma figura incontornável no panorama da Arte do Gravado em Portugal”, realça. A exposição é constituída por um núcleo de 13 obras, entre desenhos, gravuras em metal e madeira e serigrafias, destacando a organização a presença de “duas das mais icónicas gravuras da artista, ‘Ghetto’ e ‘Sinfonia’”.
O PIPA recorda que Ilda Reis nasceu no dia 1 de Janeiro de 1923, em Lisboa, onde viria a falecer em 1998, tendo o seu percurso artístico começado na Escola de Artes Decorativas de António Arroio, interrompido para se dedicar à sua profissão como dactilógrafa da CP até ao ano de 1965. “Nesse ano, com a idade de 42 anos a artista ‘abandona o emprego seguro’ e regressa ao mundo das artes e dos seus estudos artísticos inscrevendo-se num curso de pintura e desenho na Sociedade Nacional de Belas Artes”, salienta. A obra gravada de Ilda Reis encontra-se em depósito na Biblioteca Nacional, em Lisboa.