Desaparecimento de idoso na Chainça na alçada da Polícia Judiciária
José Mingote Lopes, diagnosticado com Alzheimer, está desaparecido desde 9 de Julho. As buscas foram suspensas e o caso passou para a Polícia Judiciária. Em dois anos é o segundo idoso com demência a desaparecer nessa aldeia do concelho de Abrantes.
As buscas para encontrar José Mingote Lopes, de 87 anos, que está desaparecido desde 9 de Julho em Chainça, concelho de Abrantes, foram suspensas e não há qualquer pista ou informação sobre o possível paradeiro do idoso diagnosticado com Alzheimer. O caso, inicialmente entregue à Polícia de Segurança Pública (PSP), passou para a alçada da Polícia Judiciária (PJ) que até segunda-feira, 17 de Julho ainda não tinha contactado a família.
Após ter sido dado o alerta para o desaparecimento, a PSP encetou buscas com recurso a drones, equipas cinotécnicas e operacionais dos Bombeiros de Abrantes por várias localidades do concelho, incluindo por Rossio ao Sul do Tejo, freguesia de residência do idoso, mas por falta de pistas deram-nas como suspensas. Também a população chegou a juntar-se e a realizar buscas que se revelaram infrutíferas.
Segundo a filha, Marília Mingote, o idoso tinha ido passar uns dias a sua casa e desapareceu depois de ter deixado aquela residência, pelas 18h00, para ir dar um curto passeio com passagem pelo café Arcada, onde foi visto pela última vez, do lado de fora, a espreitar pelo vidro. No dia em que desapareceu, José Mingote Lopes vestia calças cinza esverdeado, pullover cinzento e camisa com xadrez azul e branco e boina cinzenta. Quem souber alguma informação sobre o seu paradeiro deverá contactar as autoridades.
Idoso desaparecido há dois anos em Chainça nunca foi encontrado
O desaparecimento José Lopes não é o primeiro que acontece em Chainça. Em 2021 José Louceiro, de 80 anos, desapareceu na mesma aldeia e nunca mais houve pistas sobre o seu paradeiro. As buscas para encontrar este idoso, diagnosticado com demência, foram suspensas ao fim de seis dias tendo o caso passado para a alçada da Polícia Judiciária, que nunca chegou a contactar a família.
Dispositivos ajudam idosos a regressar a casa
A PSP distribui, desde 2015, pulseiras com códigos de identificação para ajudar a encontrar pessoas, principalmente idosos ou com problemas de orientação, ao abrigo do programa “Estou Aqui”. A pulseira não dispõe de qualquer dispositivo de localização, mas ajuda a PSP a entregar o idoso localizado à sua família.
No caso de um cidadão ou agente contactar com uma pessoa que está perdida pode ligar para o número de emergência nacional (112) e indicar que a mesma dispõe de uma pulseira ao abrigo deste programa e ditar o número nela inscrito, para que a Direcção Nacional da PSP possa aceder à ficha e contactar a família.
A Associação Portuguesa de Familiares e Amigos dos Doentes de Alzheimer dá ainda conta que já existem vários dispositivos no mercado que facilitam a rápida localização de uma pessoa sendo os mais comuns a Identificação por Radiofrequência (RFID) e o Sistema de Posicionamento Global (GPS).