Tramagal aprova proposta para repor serviços dos CTT na freguesia
Assembleia de freguesia aprovou a proposta da Junta de Tramagal, concelho de Abrantes, para que esta dê início aos procedimentos necessários para acolher na sua sede um posto CTT. Caso o procedimento avance vai obrigar a autarquia a abrir os cordões à bolsa para adaptar a sede, entre outras despesas.
Depois do encerramento imprevisto do posto CTT, que funcionava na sede da Associação Humanitária dos Dadores de Sangue da Freguesia de Tramagal, a assembleia de freguesia aprovou, em sessão extraordinária realizada a 17 de Agosto, a proposta do executivo da junta que se propõe a acolher na sua sede os serviços dos Correios, mediante protocolo a celebrar entre a Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE) e os CTT. A expectativa é que o serviço CTT possa regressar à freguesia em Setembro. Na apresentação da proposta, o presidente da Junta de Tramagal, António Carvalho, adiantou que o executivo já está a par das condições físicas e contratuais necessárias ao funcionamento de um posto CTT, nomeadamente a obrigatoriedade de ter um cofre fixo que pese no mínimo 100Kg, “para garantir a segurança dos valores guardados” e a garantia de condições de acesso a pessoas com mobilidade condicionada, situação que vai obrigar à realização obras no edifício.
Além das obras, que a junta terá que assegurar, outro constrangimento prende-se com os recursos humanos tendo em conta que a Junta de Tramagal tem apenas uma funcionária ao serviço na sede. “As dificuldades para contratar são imensas e o orçamento da junta não comporta verbas suficientes para assumir novas contratações”, alertou o autarca, salientando que vão “precisar de ajuda para poderem ter mais orçamento para suportar os serviços”. Os CTT, por seu turno, asseguram a formação à pessoa que ficar encarregue pelo serviço.
Na opinião de António Carvalho, o valor que os CTT se propõem a pagar à junta de freguesia - 380 euros mais 5% da venda de vales e outros artigos - para assegurar o serviço a meio tempo (entre as 09h00 e as 12h30) é insuficiente para suportar os custos, pelo que a autarquia terá que fazer “um esforço orçamental”. É também por isso, explicou, que a junta entendeu que deve começar com o serviço a meio tempo, que à partida será “suficiente” para dar resposta à população.
O PS de Tramagal, que já tinha emitido um comunicado a defender que perante o encerramento do posto a junta deveria assumir o serviço, voltou a manifestar-se nesse sentido. O posto dos Correios de Tramagal, recorde-se, foi encerrado na sequência de uma auditoria que, de acordo com os CTT, “fazem parte das obrigações que [a empresa] tem para garantir o bom funcionamento dos serviços”. Sem explicar o que levou em concreto ao encerramento do posto, os CTT adiantaram a O MIRANTE que estão “empenhados, com a maior brevidade possível, em encontrar a solução alternativa para continuar a prestar os melhores serviços à população da freguesia de Tramagal”. Até que seja encontrada uma solução os clientes estão a ser encaminhados para a Loja CTT de Abrantes.