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Sporting Clube de Abrantes com direcção demissionária vai novamente a eleições

Depois de um vazio directivo de anos que viu o seu fim há cinco meses a direcção da associação centenária demitiu-se. Presidente da assembleia-geral, Rui Santos, assegura a O MIRANTE que o Sporting de Abrantes não vai cair numa crise directiva e avança que vai encabeçar uma lista, para já, a única que se apresentou.

A instabilidade regressou de forma inesperada ao Sporting Clube de Abrantes (SCA) com a demissão do conselho fiscal e da direcção presidida por José Belém, que tinha tomado posse em Março deste ano depois de uma crise directiva que se arrastava desde 2019. Neste momento apenas se mantém em funções a assembleia-geral, presidida por Rui Santos, que já tem anunciada desde Julho uma convocatória para uma assembleia extraordinária que tem como ponto único a realização de novas eleições e se realiza a 2 de Setembro. No entanto, a necessidade de haver eleições à data prendia-se apenas com a revisão dos estatutos da associação, algo que não acontecia desde a sua fundação, ou seja, há 100 anos, assegurou a O MIRANTE o presidente da assembleia-geral. “A marcação de eleições nada teve a ver com os pedidos de demissão, mas com a revisão estatutária, porque os estatutos causavam alguns problemas burocráticos, por exemplo, se precisássemos de pedir um certificado permanente não conseguíamos”, explicou, sublinhando que “a revisão nunca teve como intenção fazer cair a direcção”. A ideia, vincou, “até era que todos se mantivessem nas mesmas funções”. Os novos estatutos do SCA foram aprovados em assembleia-geral a 29 de Julho último.
Os interessados em formar lista podem fazê-lo até 31 de Agosto, mas à data de fecho desta edição apenas uma lista, com Rui Santos a encabeçar a direcção, se propôs a sufrágio. Entre os 21 elementos que compõem a lista, apresenta-se à presidência da assembleia-geral Eugénio Gil e o presidente do conselho fiscal Abel Almeida. Destacam-se ainda nomes conhecidos, que já compunham a direcção demissionária entre os quais, Susana Estriga, João Paulo Bioucas, Pedro Redondeiro e António Almeida. Caso esta seja a única lista a ir a votos a tomada de posse será imediata.


José Belém terá saído de costas voltadas
O MIRANTE sabe que na base da decisão de José Belém estarão desentendimentos com outros elementos que compunham os órgãos sociais da associação, mas o próprio já remeteu esclarecimentos para um comunicado que há de dirigir aos sócios e para posterior conferência de imprensa. Por seu turno, Rui Santos, opta por afirmar, desde já, que “nunca houve usurpação de funções” e que o próprio José Belém é que pedia ajuda na gestão do Sporting Clube de Abrantes.
“Temos de perceber que uma associação é constituída por pessoas, pelos dirigentes, os sócios e é preciso saber gerir, não se pode andar constantemente em conflito”, declarou Rui Santos, salientando que há cada vez menos pessoas ligadas ao associativismo e que as que estão não podem estar em frequentes divergências e desacordos. Recorde-se que o clube atravessou uma crise directiva que durou até 2019 e em pleno ano de centenário não se apresentaram listas candidatas, tanto na assembleia-geral de 20 de Janeiro como na de 5 de Fevereiro do ano corrente. Na altura, a comissão administrativa, liderada por Miguel Fernandes, partilhou um comunicado nas redes sociais a lamentar que o Sporting Clube de Abrantes vivesse “um dos momentos mais conturbados da sua história estando a sua própria existência em risco”.

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