Noite de festa em Tomar acaba de forma trágica com morte de jovem de 15 anos
Um veículo ligeiro que levava oito jovens despistou-se durante a madrugada de segunda-feira, 4 de Setembro, junto à barragem do Carril provocando a morte de Filipe Chen Wang, de 15 anos. Outros dois jovens ficaram com ferimentos ligeiros. Grupo estaria a regressar de uma festa particular quando ocorreu o acidente.
A madrugada de segunda-feira, 4 de Setembro, começou de forma trágica para um grupo de jovens que seguia num veículo ligeiro de mercadorias e que se despistou pelas 01h31 junto à Barragem do Carril, em Tomar. O acidente resultou numa vítima mortal e em dois feridos leves sendo que no local foram assistidas mais cinco pessoas. Foi Filipe Chen Wang, de 15 anos, que perdeu a vida no acidente. O jovem era muito acarinhado na cidade e era atleta da Escola de Futebol de Tomar há vários anos. O clube, que na semana passada emitiu um comunicado a lamentar a morte de Francisco Giovetti, um jovem de 22 anos, natural de Tomar, que perdeu a vida a 23 de Agosto, depois de ter caído de uma altura superior a 30 metros na barragem de Castelo do Bode, voltou a expressar a sua profunda tristeza pela perda de mais um elemento da sua “família” de forma drástica. “A família da Escola de Tomar volta a estar de luto, um momento de consternação e de muita dor. Um miúdo que tinha tanto para viver! Que mundo estranho este em que vivemos!”, escreveu a associação nas redes sociais. Várias pessoas têm feito publicações a demonstrar a consternação pela perda de um jovem que, entre outras características, era “simpático, meigo e atencioso”.
O acidente ocorreu numa zona florestal em terra batida. Segundo explicou a O MIRANTE fonte que esteve no local do acidente naquela madrugada, a viatura, uma carrinha de caixa aberta, seguia com mais três ocupantes do que devia, não se sabendo até ao momento se algum deles vinha na caixa aberta. O nosso jornal apurou, junto da mesma fonte, que os jovens, todos com idades compreendidas entre os 15 e os 19 anos, sendo que o condutor da viatura era o mais velho, vinham de uma festa particular numa habitação que motivou a intervenção da Guarda Nacional Republicana depois de queixas de alguns moradores por causa do barulho. No regresso a casa os jovens decidiram regressar por um atalho e o acidente ocorreu, estando ainda por apurar as suas causas.
O Comando Distrital de Santarém da Polícia de Segurança Pública adiantou a O MIRANTE que os seus meios foram accionados para o local do acidente às 2h38. A autoridade revelou que os contornos do acidente só vão ser conhecidos depois da fase de inquérito que está a decorrer. No local do acidente estiveram ainda os Bombeiros do Município de Tomar com cinco veículos e 12 operacionais, os Bombeiros Voluntários de Vila Nova da Barquinha, os Bombeiros Voluntários de Ferreira do Zêzere, SIV de Tomar, VMER Médio Tejo, GNR Tomar, PSP Tomar, Unidade Móvel de Intervenção Psicológica de emergência do INEM e o Núcleo de investigação Criminal.
Inês Dias morreu há dois anos em acidente semelhante
O despiste que levou à morte de Inês Dias, uma jovem de 16 anos de Santarém, ocorreu há dois anos. Os contornos desse acidente, que aconteceu na madrugada de 11 de Setembro de 2021, na Estrada Municipal 368, no sentido de Alpiarça para Tapada, são semelhantes ao que vitimou Filipe Wang. Eram cerca das 03h20 e no carro seguiam sete jovens de um grupo mais numeroso com idades entre os 16 e os 23 anos distribuídos por outros dois carros que seguiam atrás do BMW. O grupo deslocava-se da Chamusca para Santarém, onde iam levar a casa Inês Dias, que foi jogadora de basquetebol do Santarém Basket e estudante do curso técnico profissional de desporto na Escola José Relvas, em Alpiarça, juntamente com a sua irmã gémea. O que se soube do acidente é que o condutor perdeu o controlo do carro, entrou na valeta de cimento com cerca de 50 centímetros de profundidade e entrou numa vinha, capotando. Foram os colegas que vinham nos carros atrás que deram o alerta do acidente.
Inês Dias, conhecida por “Nocas”, era uma miúda calma e feliz, segundo contou a O MIRANTE na altura a directora do Agrupamento de Escolas José Relvas. Era, diz a professora, a aluna que fazia o elo de ligação da turma.