Pais denunciam condições precárias de escola em Vialonga
A Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos de Vialonga continua a sofrer com o seu estado de degradação e as chuvas fortes dos últimos dias provocaram inundações no espaço que a tornaram praticamente inutilizável por alunos e professores. João Roma, pai de um aluno, enviou um apelo urgente ao presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Fernando Paulo Ferreira, pedindo que alguma coisa seja feita para acabar com as condições deploráveis do espaço. “É uma situação degradante em que os alunos desta escola de Vialonga têm aulas dentro de contentores onde chove abundantemente sem quaisquer condições de isolamento ou de habitabilidade para que se possa estar nas salas/contentores com o mínimo de conforto”, lamenta.
Na carta enviada ao autarca, a que O MIRANTE teve acesso, o encarregado de educação lamenta que as condições “miseráveis” tenham levado a que os professores se tenham negado a dar aulas numa altura em que o espaço exterior e algumas salas alagaram. Um cenário que, dizem os pais, acontece com frequência sempre que chove com maior intensidade. “Peço-lhe que tome medidas urgentes sobre a situação (...) para devolver aos alunos da escola a dignidade e as condições básicas para terem boa educação”, apela na mensagem dirigida ao presidente do município.
Em Setembro, o ministro da Educação, João Costa, em visita à escola, já tinha prometido que é desta que as obras de requalificação e ampliação vão avançar mas novamente sem dar um prazo concreto para os trabalhos. Como este anúncio já foi feito no passado por outros governantes os pais dos alunos não se mostraram convencidos com a promessa. O município de Vila Franca de Xira adiantou o projecto para a empreitada.O arranque da obra está pendente da abertura dos avisos para desbloquear as verbas provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). A escola de Vialonga está no “top cinco” a nível nacional das 34 sinalizadas como estando a precisar de obras urgentes. As obras têm um custo estimado a rondar os 12 milhões de euros e existem 450 milhões de euros disponíveis para requalificar as 34 escolas consideradas prioritárias.