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Homicídio seguido de suicídio deixa Pedrógão em choque
Joaquim Gomes, alegado autor do homicídio, com a mulher e vítima, Carmina Silva. fotoDR

Homicídio seguido de suicídio deixa Pedrógão em choque

Localidade do concelho de Torres Novas está de luto pela morte de Carmina Silva que, ao que tudo indica, foi assassinada pelo marido. Casados há quase 40 anos geriam em conjunto um café na freguesia de Pedrógão.

Sem que nada o fizesse prever Carmina Silva foi morta a tiro de caçadeira, na casa-de-banho da sua casa, em Pedrógão, concelho de Torres Novas, na noite de 13 de Fevereiro. A arma, ao que tudo indica, foi disparada por Joaquim Gomes, o homem de 60 anos com quem a vítima, de 63, estava casada há quase quatro décadas. O crime deixou em choque os habitantes da freguesia que lidavam diariamente com o casal que geria o café das instalações da Casa do Povo de Pedrógão.
Depois de matar a mulher, disparando contra o abdómen, Joaquim Gomes, utilizando a mesma arma, terá tirado a própria vida junto à porta principal da habitação, onde ambos os corpos foram encontrados pela filha e genro do casal na manhã de 14 de Fevereiro. Estes dirigiram-se ao local do crime depois de, pelas 07h00, terem estranhado que o café continuasse de portas fechadas, o que não era normal.
Filha e genro, depois de ninguém lhes ter aberto a porta principal, acabaram por conseguir entrar na habitação por uma porta das traseiras deparando-se, de imediato, com um cenário trágico: Carmina, já sem vida, ensanguentada na casa-de-banho e, mais à frente, no hall de entrada, o corpo de Joaquim com uma arma de fogo ao lado. A caçadeira seria, provavelmente, uma das que usava para caçar javalis, prática venatória que mantinha com alguma regularidade.
Dado o alerta, pelas 07h40, foram enviadas para o local duas ambulâncias dos Bombeiros Voluntários Torrejanos, duas viaturas do INEM, com a ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) e a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) Médio Tejo. Os óbitos foram declarados no local. O casal deixa uma filha e um filho que vive fora de Portugal.
Presumível homicida
e vítima com funeral conjunto
O funeral de Carmina Silva realizou-se na terça-feira, 20 de Fevereiro, tal como o do seu marido, Joaquim Gomes. O homem de 62 anos é o presumível autor do homicídio da esposa e da sua própria morte. Os corpos do casal chegaram à casa mortuária de Pedrógão pelas 11h00 e os funerais tiveram início pelas 15h30 na Igreja de Pedrógão seguindo depois para o crematório do Entroncamento.

Carmina lembrada como alguém sempre disponível para ajudar

Entre aqueles que frequentavam com alguma regularidade o café gerido pelo casal recordam Carmina Silva como uma mulher simpática, que estava sempre pronta a ajudar o próximo. Na freguesia, onde não se fala noutra coisa, assim como nas redes sociais, são vários os amigos e antigos clientes que se dizem surpreendidos e em choque com o fim trágico que teve a mulher de 63 anos.
Segundo um dos clientes, que a descreve como “uma mulher espectacular, sempre pronta a ajudar e com uma palavra de conforto”, ainda há pouco tempo Carmina lhe tinha confidenciado que se sentia bem no café e que não se imaginava a exercer outra actividade. Ao casal, que vivia dos rendimentos do café, não eram conhecidas brigas, discussões nem dívidas.

PJ descartou envolvimento de terceiros

A Polícia Judiciária (PJ) de Leiria descartou a intervenção de terceiros na morte do casal encontrado sem vida na habitação onde residiam. Fonte oficial disse à Lusa que, numa primeira abordagem efectuada no local, onde foi encontrada a arma do crime, “tudo indica que não haverá intervenção de terceiros”, mas sim um “quadro de homicídio seguido de suicídio”.

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