Domingos Chambel emprestou dinheiro à Nersant mas em troca de penhora do pavilhão de exposições
A direcção da Nersant liderada por António Pedroso Leal pode cair na assembleia-geral que teve lugar na quarta-feira, 20 de Março.
Domingos Chambel tomou conta da associação e estará a tornar ingovernável a Nersant devido ao poder que tem lá dentro. Pedroso Leal não fala e remete as respostas aos problemas para Domingos Chambel. O MIRANTE vai para as bancas à quinta-feira, mas é impresso na madrugada de quarta-feira, pelo que não foi possível actualizar o que se passou na assembleia-geral.
Há um burburinho por aí que desaguou na última assembleia-geral da Nersant que se realizou na quarta-feira, 20 de Março, na sede da associação. Dos três pontos da ordem de trabalhos há matéria para concluir que a Nersant vive momentos muito difíceis e que, tal como se lê no segundo ponto em letras garrafais, podem vir a ser necessárias tomadas de decisões excepcionais para que a Nersant mantenha a actividade e não passe de uma associação de empresários para uma associação local sem importância.
O MIRANTE recebeu recentemente a informação de que Domingos Chambel fez a sua gestão de três anos à frente da Nersant só para emprestar dinheiro à associação e resolver os problemas de tesouraria que iam aparecendo, mas não foi em vão nem por ser um bom samaritano. A informação que circula e que está a mobilizar associados é a de que Domingos Chambel emprestou o dinheiro para colmatar a sua incapacidade de negociar com a banca, mas pediu em troca garantias que incluem a hipoteca do antigo pavilhão de exposições.
A assembleia-geral terá sido convocada pelas dificuldades criadas pela má gestão de Domingos Chambel e pela dificuldade que a nova direcção vai tendo sem o financiamento de Domingos Chambel e sem a colaboração da Banca que percebeu a situação de conflito e de aparente má gestão desde que Maria Salomé Rafael saiu da presidência.
Apesar da Nersant ter um património de cerca de 10 milhões de euros, há situações de penhoras e de falta de escrituras de património que podem complicar o futuro. Uma delas é recente, tal como afirmamos em cima, e refere-se ao facto do presidente da anterior direcção, Domingos Chambel, se ter aproveitado da difícil situação financeira e em vez de usar os seus conhecimentos e os bons relacionamentos junto da banca para conseguir sarar as feridas que criou e herdou, fez exatamente o contrário: emprestou o dinheiro para facilitar a sua gestão e hipotecou ainda mais o património da Nersant que agora também fica nas suas mãos de credor.
Pedroso Leal remete esclarecimento para Domingos Chambel
O MIRANTE falou na manhã de segunda-feira, 18 de Março, ao telefone com António Pedroso Leal e pediu-lhe esclarecimentos sobre os assuntos graves que originaram a convocação desta assembleia-geral extraordinária, mas o presidente da direcção remeteu-nos para o presidente da assembleia-geral insistindo com o jornalista a perguntar se queria que lhe facultasse o número de telefone de Chambel. Quando questionado sobre se era verdade Domingos Chambel ter emprestado dinheiro à associação pedindo garantias de hipoteca de património da associação, a resposta foi sempre a mesma: quem convocou a assembleia foi Domingos Chambel, é com ele que devem falar. No entanto, e segundo a convocatória, o presidente diz no texto que convoca a assembleia-geral a pedido do presidente da direcção. Concluindo: Pedroso Leal na segunda-feira, a 48 horas da realização da assembleia-geral, ainda não sabia muito bem com que linhas se cose o futuro da sua associação. O MIRANTE vai para as bancas à quinta-feira, mas é impresso na madrugada de quarta-feira, pelo que não foi possível actualizar o que se passou na assembleia-geral nesta edição em papel.