Guarda trava agressão de recluso a técnica da cadeia de Vale de Judeus
Uma jurista do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, em Azambuja, foi atacada por um recluso, mas a pronta intervenção de um guarda evitou males maiores.
Um recluso da cadeia de Vale de Judeus, no concelho de Azambuja, tentou agredir no dia 3 de Abril uma jurista a quem tinha prestado declarações tendo a rápida intervenção de um guarda evitado outras consequências, informaram os Serviços Prisionais (DGRSP). “A DGRSP informa que (...) um recluso do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus agarrou uma técnica superior (jurista) a quem tinha prestado declarações. Esta tentativa, grave, de agressão só não se consumou plenamente em consequência da rápida intervenção do elemento do corpo da guarda prisional que se encontrava presente”, refere uma resposta da DGRSP à Lusa sobre o incidente.
Segundo adianta a DGRSP, a técnica, “que não apresentava ferimentos mas algumas contusões, foi observada, primeiro nos serviços clínicos do estabelecimento prisional e de seguida em hospital do Serviço Nacional de Saúde após o que teve alta”. A mesma fonte acrescenta que “como decorre do legalmente previsto o recluso foi imediatamente colocado em cela de separação, estando a ser objecto de competente processo disciplinar, tendo os factos sido comunicados ao Ministério Público para os efeitos criminais e judiciais devidos”.
Antes, o dirigente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) Frederico Morais revelou à Lusa que o recluso, após se dirigir ao gabinete da técnica superior daquela cadeia, tentou aplicar-lhe um “mata-leão” (técnica de luta também conhecida por “gravata”), valendo a pronta intervenção do único guarda de serviço no local uma vez que era hora de almoço. Segundo o dirigente do SNCGP, na revista posterior ao recluso foi encontrado na sua posse um pedaço de vidro aguçado. O sindicato tem vindo a alertar sistematicamente para o défice de guardas nas prisões portuguesas e para os problemas que isso acarreta em termos de segurança para estes profissionais, que reclamam um subsídio de risco condigno.