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40 anos depois da explosão na Escola do Cartaxo Paulo Tavares volta a sofrer queimaduras graves
Paulo Tavares, 54 anos, um dos sobreviventes da explosão na Escola Secundária do Cartaxo em 1985 e o que ficou com mais marcas, sofreu um novo acidente agora na sua churrasqueira na cidade. O empresário sofreu queimaduras na face e mãos quando estava a preparar o molho dos frangos no estabelecimento e está em coma induzido a recuperar no Hospital de Santa Maria.
Paulo Tavares, 54 anos, um dos sobreviventes da explosão na Secundária do Cartaxo, em 1985, está em coma induzido devido à gravidade das queimaduras sofridas num incêndio que deflagrou na Churrasqueira Ribatejana, no Cartaxo, na madrugada de 11 de Abril. Segundo fonte próxima da vítima, o acidente ocorreu quando preparava o molho para os frangos no restaurante que está a gerir há alguns anos e que antes era dos pais, que vivem por cima do estabelecimento na rua Serpa Pinto. O empresário está no Hospital de Santa Maria, para onde foi transferido pelo Hospital Distrital de Santarém onde inicialmente foi assistido.
Paulo Tavares foi inicialmente transportado para o Hospital de Santarém com queimaduras no rosto e nas mãos, partes do corpo que já tinham sido atingidas no acidente na escola. O incêndio ficou circunscrito à cozinha, que ficou totalmente destruída. Não se sabe ainda o que terá estado na origem do incêndio numa altura em que não havia mais ninguém no estabelecimento, que na altura da pandemia deixou de estar aberto ao público para refeições e passou só a servir comida para fora, nomeadamente grelhados. A comunidade está em choque com esta situação, atendendo também à sua história de superação e atendendo ao facto de Paulo Tavares ter sido o aluno sobrevivente mais afectado pela explosão na escola, que matou dois colegas, provocada por uma fuga de gás.
O alerta para o incêndio no seu restaurante foi dado cerca das cinco da manhã de quinta-feira, 11 de Abril. No local estiveram os Bombeiros Municipais do Cartaxo, Bombeiros Sapadores de Santarém, PSP e Viatura Médica de Emergência e Reanimação de Santarém, num total de 12 operacionais e cinco viaturas.
Este é o segundo caso trágico com vítimas do acidente na escola. No dia 29 de Maio do ano 2000 a professora de Educação Visual, Dália Belchior, então com 45 anos, foi morta a tiro pelo ex-companheiro, um sargento do Exército de serviço no Campo Militar de Santa Margarida, na casa onde esta vivia em Almeirim nas traseiras da Escola Secundária Marquesa de Alorna. A professora tinha ficado toda queimada e completamente desfigurada, tendo feito 63 cirurgias de reconstrução que foram possíveis com uma onda de solidariedade nacional.
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