Margarida Lopes é a primeira mulher candidata à concelhia do PSD de Azambuja
A assistente social Margarida Lopes vai disputar com o actual presidente, Rui Corça, a liderança da concelhia social--democrata de Azambuja. É a primeira mulher a fazê-lo e se for eleita será a única a presidir uma concelhia do PSD no distrito de Lisboa.
Ana Margarida Lopes, assistente social residente em Casais da Lagoa, é a primeira mulher a concorrer como cabeça de lista às eleições internas do PSD de Azambuja que se vão realizar a 12 de Maio. A candidata de 50 anos, militante no partido há cerca de 30 anos, vai ter como adversário Rui Corça, actual presidente da concelhia e um dos dois vereadores do PSD na Câmara de Azambuja. As eleições para a concelhia vão decorrer a 12 de Maio, das 17h00 às 20h00 na sede do PSD de Azambuja.
“Fui desafiada por alguns militantes e durante meses andei a pensar nisso. Encaro esta candidatura sobretudo como um desafio, porque acredito que é possível fazer mais e melhor. Sou a primeira mulher a concorrer e vou ser a única presidente duma concelhia [do PSD] do distrito de Lisboa”, diz a O MIRANTE com convicção.
Margarida Lopes, que já foi eleita na Assembleia de Freguesia de Manique do Intendente, Vila Nova de São Pedro e Maçussa, quer deixar claro que “o adversário não é Rui Corça mas o Partido Socialista” que governa há décadas o município de Azambuja. “Se calhar não fizemos da melhor forma até agora, mas acredito que é possível e vou fazer de tudo para que o PSD ganhe a Câmara de Azambuja nas próximas autárquicas”, sublinha.
Sem adiantar se pondera avançar como cabeça de lista à Câmara de Azambuja nas eleições autárquicas de 2025, Margarida Lopes considera que “primeiro é preciso organizar a vida interna do partido (…) captar novos militantes e simpatizantes” para que se alcance o resultado eleitoral desejado. “Se não tivermos os militantes a trabalhar diariamente connosco não é possível”, vinca, assegurando que tem o apoio da maioria dos militantes e que parte deles já foram trazidos de volta para a militância pela sua mão. “Temos 112 activos mas já tivemos 400. Quando parti para esta candidatura tínhamos 40. Foram as pessoas descontentes e que acharam que deixaram de fazer parte do partido que fui e quero continuar a ir buscar”, refere.
Nascida em Santarém mas a residir desde sempre no concelho de Azambuja, Margarida Lopes é casada com o advogado e ex-autarca do PSD António Jorge Lopes com o qual teve duas filhas e um filho. Acredita que a sua sensibilidade para ouvir, gosto por comunicar e interesse em “saber a opinião dos outros” são mais-valias que possui e que podem ser trunfos para a gestão da concelhia do PSD de Azambuja. Nas últimas autárquicas, recorde-se, Margarida Lopes foi a número três na lista do PSD à Câmara de Azambuja, encabeçada por Rui Corça, que conseguiu eleger dois vereadores.