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Residência para estudantes em Rio Maior: custou mas foi
João Moutão, presidente do Politécnico de Santarém

Residência para estudantes em Rio Maior: custou mas foi

A inauguração da residência para estudantes da Escola Superior de Desporto de Rio Maior vai marcar as comemorações do 45º aniversário do Instituto Politécnico de Santarém.

Custou mas foi: a residência para estudantes da Escola Superior de Desporto de Rio Maior está prestes a tornar-se uma realidade, após vários anos de avanços e recuos. A inauguração do novo equipamento está marcada para quinta-feira, 6 de Junho, no âmbito das comemorações do 45.º aniversário do Instituto Politécnico de Santarém, mas a residência só vai começar a funcionar no próximo ano lectivo. Ao dispor dos alunos mais desfavorecidos vão estar 122 camas, num investimento público de cerca de três milhões de euros.
“Rio Maior já há muitos anos que estava confrontada com esta necessidade e tem a particularidade de ser a cidade do país em que há um maior número de estudantes sem residência. Este problema existe desde 2016, muito antes de se tornar um problema nacional”, contou o presidente do Instituto Politécnico de Santarém, João Moutão, em declarações à Lusa. A nova residência vai ser direccionada para estudantes mais carenciados, nomeadamente bolseiros, que “nos últimos anos têm sido mais castigados pelo aumento dos preços de habitação”.

Cinco mil estudantes no IPSantarém
João Moutão salientou o “crescimento muito significativo nos últimos anos” do Politécnico de Santarém, considerando que também contribuiu para o desenvolvimento económico e social da região. “Teve um impacto de natureza transformadora, temos actualmente 5.000 estudantes e as entidades da nossa região beneficiam muito com isso. Por exemplo, em Rio Maior, em 1998, quando a escola abriu, a população estava bastante envelhecida e era uma região com pouco desenvolvimento. Hoje, tem uma comunidade de 1.200 estudantes que trouxeram para aquela cidade desenvolvimento económico”, salientou o responsável.
Na Escola Agrária, continuou, há ainda “uma estreita relação com a indústria alimentar”, com a instituição a trabalhar “com muitas empresas internacionais, não só na indústria alimentar, mas também animal”. Por outro lado, nos últimos anos o politécnico conseguiu criar uma “metodologia de ensino centrada no estudante” e desenvolver parcerias de ensino com entidades regionais e internacionais, com um modelo de formação alinhado com as necessidades locais, nomeadamente a área da saúde e do desporto.
“Uma das áreas de maior destaque em Santarém é a área da saúde. Nesta região, para além do hospital distrital, temos também vários hospitais privados e a Escola Superior de Saúde de Santarém tem sido um ponto de formação para essas novas unidades de saúde. Na área do desporto devolvemos actividades muito importantes para pessoas com diabetes e para pessoas com uma série de patologias e isso beneficia a população”, disse ainda o presidente do politécnico.
Para os próximos anos, João Moutão apontou como objectivos consolidar o modelo educativo centrado no estudante, fortalecer a cooperação internacional e dar maior importância aos doutoramentos. “Apresentámos uma proposta de doutoramento para a área das Ciências Agrárias e do Ambiente. Queremos promover os ciclos de doutoramentos e com isso criar uma diversidade politécnica, desde os cursos técnicos, até aos doutoramentos”, adiantou.

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