Agrupamentos de Escolas de Marinhais e Salvaterra angariam fundos para Marta Leal
Iniciativas solidárias angariaram cerca de 20 mil euros para custear o tratamento da jovem Marta Leal, que sofre de doença oncológica há oito anos.
A Feira Medieval Solidária do Agrupamento de Escolas de Marinhais permitiu angariar cerca de 10 mil euros para ajudar Marta Leal, de 14 anos, doente oncológica há oito anos que está a ser tratada em Espanha. O temporal no dia 7 de Junho não afastou alunos, famílias, professores, assistentes e comunidade em geral. “A chuva foi para abençoar a nossa menina e a trovoada simbolizou a revolta da comunidade relativamente à doença dela”, escreveu o agrupamento nas redes sociais. A onda de solidariedade estendeu-se ao Agrupamento de Escolas de Salvaterra de Magos, onde a festa “Vamos ajudar a família Leal”, enquadrada no projecto de Cidadania das turmas A e B de 12º ano, permitiu angariar cerca de 10 mil euros. O evento decorreu no pavilhão da Comissão de Festas de Marinhais no sábado, 15 de Junho, em colaboração com a associação de estudantes do agrupamento, encarregados de educação e directoras de turma, contando com a cooperação da Associação dos Amigos do Carnaval de Marinhais.
Tal como O MIRANTE relatou na edição de 13 de Junho, a recente cirurgia a Marta Leal não correu como previsto e a alternativa terapêutica será radioterapia e quimioterapia. Marta Leal foi operada em Madrid e a meio da operação constatou-se que avançar com a intervenção iria colocar em risco a vida da jovem de Marinhais, explica o pai, José Luís. A jornada em Espanha começou em 2016 quando foi diagnosticada com um osteossarcoma no fémur. A solução em Portugal era amputar a perna e com os tratamentos em Espanha Marta esteve cinco anos livre da doença. Em 2022 teve uma recaída, um osteossarcoma no braço, e no ano passado, em Setembro, num pulmão.
“Os resultados dos exames feitos antes da cirurgia apontavam para que se pudesse realizar. Depositámos muitas esperanças na cirurgia, era a primeira opção por razões que os médicos nos indicaram: sem toxicidade, rápida recuperação e resultados práticos”, esclarece o pai. Marta Leal encontra-se a recuperar da cirurgia e, embora triste, está determinada em seguir a opção dos tratamentos. “Já perdemos o nosso filho Tomás para esta doença e não queremos e não podemos passar pela mesma situação com a Marta”, dizia o pai antes da cirurgia, num comunicado em que pedia ajuda com as despesas para permanência da família em Espanha, cirurgia e tratamentos. O gofundme criado a 28 de Maio permitiu angariar quase 18 mil euros até agora.