Executivo de Alcanena recebeu mais de 200 pedidos de transporte escolar durante ano lectivo
A Câmara de Alcanena recebeu mais de 200 pedidos de transporte escolar para actividades fora da escola ao longo do ano lectivo. O vice-presidente Alexandre Pires e a vereadora Marlene Carvalho falaram sobre o tema na última assembleia municipal, afirmando que é preciso um grande esforço humano e logístico para conseguir atender às necessidades de pedidos que chegam todos os dias.
Carla Pereira, eleita da CDU na assembleia municipal, questionou o executivo sobre a cedência de transporte a alunos do concelho, para iniciativas fora da escola, como visitas de estudo ou idas a outras escolas. “Existem respostas às necessidades de transporte de alunos do concelho em actividades fora da escola, mas relacionadas com o percurso académico? Ou, se não existem, porque é que não existem? São os pais e os alunos a suportar sozinhos?” questionou.
“Todos os dias recebemos e autorizamos pedidos de transporte de alunos para actividades fora da escola. Para irem a Lisboa, à Praia Fluvial dos Olhos D’Água, a outras escolas, o que for, não há dia que não tenhamos um pedido desses e que não façamos os possíveis para ser atendido”, esclareceu a vereadora Marlene Carvalho, acrescentando que dos mais de 200 pedidos recebidos ao longo do ano, apenas não conseguiram aprovar dois.
Alexandre Pires explica que os pedidos têm de ser enquadrados dentro da disponibilidade da câmara, que “faz um esforço enorme, a todos os níveis” para aceitar. “Aceitar um pedido exige muito ajustes. Um motorista da câmara tem as suas obrigações e funções diárias e para ir cumprir um serviço, por vezes tem de as mudar ou rejeitar outras. Para fazerem um serviço de transporte escolar, se calhar, não podem fazer outro serviço da autarquia. Apesar dos esforços e ajustes, nem sempre é possível isso acontecer”, explica.
A deputada aponta um caso em concreto em que alunos do concelho foram convidados para se deslocarem a uma faculdade no Porto, para apresentar um projecto académico na área da física e química e que não tiveram transporte camarário. “A informação que me chegou foi que a autarquia não cedeu transporte para essa situação e tiveram de ser os pais e um docente a arranjar uma solução. Os alunos foram uma noite mais cedo com o docente, sendo os pais a suportar o transporte e ficando os alunos à responsabilidade do docente durante esse tempo”, diz Carla Pereira. Alexandre Pires e Marlene Carvalho disseram não conhecer o caso mas pediram que fosse enviada a informação relativa para que possam analisar a situação.