Câmara Municipal de Tomar atribuiu 90 mil euros de apoio extraordinário ao Bons Sons
A Câmara Municipal de Tomar deu um apoio extraordinário ao festival Bons Sons, no valor de 90 mil euros. O tema foi discutido na última reunião de câmara, com o PSD a defender que devia haver um regulamento para o associativismo.
O festival Bons Sons, realizado na aldeia de Cem Soldos, em Tomar, conta este ano com um apoio extraordinário, por parte do município de 90 mil euros. O valor foi levado a votação para aprovação na sessão camarária de dia 5 de Agosto. O PSD pediu mais clareza relativamente ao que é gasto, nestes apoios, por parte da câmara.
Hugo Cristóvão, presidente da autarquia, começou por explicar que o apoio de 90 mil euros é algo que tem vindo a ser feito, resultando de conversas com a organização do festival, nomeadamente o Sport Clube Operário de Cem Soldos. O autarca recordou: “nós há alguns anos tomamos por opção retirar este evento do plano de apoio ao associativismo porque vai muito para além disso e não seria lógico estar a ser submetido às mesmas regras que são transversais no plano para as demais actividades que as associações promovem”, disse. Hugo Cristóvão destacou a importância do festival para Tomar, não só para a economia local como também para a promoção da cidade a nível nacional e internacional. “A fatia de leão do apoio em termos financeiros é este apoio extraordinário ao qual depois se juntam alguns apoios logísticos”, esclareceu.
Ana Calado, vereadora do PSD, considerou que qualquer apoio, “seja ele financeiro, logístico, material ou de outro tipo, é sempre um importante contributo para alcançar bons resultados, quer culturais, quer económicos”, disse. A autarca social-democrata defendeu, no entanto, que deveria haver mais clareza, por parte da câmara municipal, relativamente aos gastos neste tipo de apoios: “nunca ficamos a saber ao certo o que é que é gasto e o que é que não é gasto. Qualquer apoio que seja feito, qualquer cêntimo que seja feito, deve ser sempre contabilizado e deve ser sempre acautelado”, sublinhou. Ana Calado acrescentou que seria importante o executivo começar a pensar num regulamento de apoio ao associativismo.
Hugo Cristóvão reafirmou que “não é necessário haver nenhum regulamento”. O autarca referiu ainda que mesmo que existisse esse regulamento não viria resolver nada: “estaríamos na mesma aqui a votar o apoio extraordinário porque um apoio extraordinário é isso mesmo, um apoio que não está regulamentado. O que estamos aqui a falar é um apoio extraordinário a um evento, não é apoio ao associativismo. Não há nada escondido, todos os apoios prestados são sabidos.”, concluiu.