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Perfil de Saúde de Azambuja revela baixos rendimentos, pouca escolaridade e aumento da mortalidade

O Perfil Municipal de Saúde de Azambuja, aprovado pela assembleia municipal, destaca a falta de médicos de família para 16 mil utentes. PSD e Chega criticaram a falta de actualidade dos dados e sugeriram estudos adicionais para identificar as causas de mortalidade elevada no concelho.

O Perfil Municipal de Saúde de Azambuja revela que 16 mil utentes do concelho não têm médico de família, 30% dos reformados e pensionistas têm um rendimento médio anual de 6.100 euros e 1.129 euros é o valor do rendimento médio dos trabalhadores que moram no concelho. Além disso a percentagem de munícipes com o ensino superior é muito reduzida. Os dados foram revelados pelo eleito do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal de Azambuja, Firmino Amendoeira, na sessão extraordinária que decorreu a 12 de Julho em Aveiras de Cima.
Na reunião, a assembleia aprovou o Perfil Municipal de Saúde com quatro abstenções, duas dos eleitos do PSD e duas do Chega. O Perfil Municipal de Saúde identifica e hierarquiza os principais problemas, existentes e perspectivados, a que importa dar resposta no concelho de Azambuja. A elaboração deste documento serve de base para elaborar a Estratégia Municipal de Saúde, instrumento que vai definir as linhas gerais de acção e as respectivas metas, indicadores, actividades, recursos e calendário.
Para o PSD, o documento devia ter dados mais actuais, como por exemplo em relação ao número de tratamentos, internamentos e tipificação das doenças. No mesmo sentido foi o Chega, que para além de considerar que os dados não são actuais, defendeu a elaboração de um estudo urgente que identifique as causas e motivos do aumento da taxa bruta da mortalidade no concelho, que supera a do continente, e apresenta uma subida a partir de 2019 com causas nas doenças do aparelho circulatório e tumores. “As doenças terão origem no aterro da Triaza, em Azambuja, nas redes de alta tensão, nos lençóis freáticos ou nos painéis fotovoltaicos? Deixo para reflexão estas questões”, disse a eleita Maria de Fátima Pinto.

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