Fórum Romano em Tomar continua sem data para abrir
Os visitantes só poderão apreciar as ruínas romanas de Tomar após estarem executados os trabalhos de arqueologia e museografia previstos.
Passado mais de um ano desde a conclusão da primeira fase da obra, o Fórum Romano em Tomar continua sem data para abrir ao público. O tema foi abordado em sessão camarária, com o vereador do PSD, Tiago Carrão, a questionar o presidente da câmara, Hugo Cristóvão (PS), sobre o ponto de situação da obra. Tiago Carrão recordou que já passou mais de um ano desde a primeira fase da obra, que foi concluída em Agosto de 2023. O autarca social-democrata perguntou se os trabalhos de retirada dos maciços já estão concluídos e, relativamente ao projecto de musealização, perguntou o que falta fazer para tornar o espaço visitável.
Hugo Cristóvão explicou que o que falta para colocar o fórum aberto e à disposição dos visitantes são dois trabalhos distintos: a arqueologia e a museografia. No que toca aos trabalhos de arqueologia, o autarca referiu que a “fatia de leão” ainda vai decorrer, revelando que provavelmente os trabalhos até podem decorrer já depois da abertura do espaço, porque há uma parte que não vai coincidir com o trabalho de obra que ainda falta fazer. O presidente acrescentou que a arqueologia é em parte necessária para concluir a obra física, sendo que a obra física passa essencialmente pela construção de um passadiço interior.
O segundo projecto a ser trabalhado é a museografia que, segundo o autarca socialista, tem sido alvo de um conjunto de reuniões e de trabalhos internos, entre os serviços do município e o gabinete de arquitectura. Hugo Cristóvão revelou que, no que toca à museografia, têm existido dificuldades, apontando problemas ao nível dos recursos humanos, devido a vários trabalhadores estarem de baixa, o que tem afectado o trabalho da divisão, estando a ser ponderadas soluções nessa matéria.
Recorde-se que a empreitada de construção do edifício para a musealização das ruínas do Fórum Romano custou cerca de 708 mil euros, 200 mil acima do preço base inicialmente previsto quando o projecto foi lançado, em 2021, tendo na altura um prazo de execução apontado de um ano.