Falta de água em São Caetano deve ficar resolvida com empreendimento turístico na Quinta da Cardiga
Moradores de São Caetano têm problemas de falta de pressão na água em horas de maior consumo, mas problema deve ficar resolvido com empreendimento turístico na histórica Quinta da Cardiga, cujas obras pelo grupo Vila Galé devem iniciar até final do ano.
A falta de água em São Caetano, nos arredores da Golegã, é um problema de anos que tem vindo a piorar com o aumento do número de moradores. O problema deverá ficar resolvido com a recuperação da histórica Quinta da Cardiga pelo grupo Vila Galé e um acordo da Câmara da Golegã com os investidores, até porque não há capacidade para abastecer os 124 quartos previstos no projecto, revelou a O MIRANTE o presidente do município, António Camilo.
A questão da falta de água e pressão em horas de refeições e banhos foi colocada pela vereadora Ana Caixinha (PS) em reunião de câmara. Também a ETAR (estação de tratamento de águas residuais) fica sem capacidade de resposta, estimando-se um investimento que pode atingir os 3 milhões de euros, diz António Camilo.
O Palácio da Quinta da Cardiga está classificado como Edifício de Interesse Público desde 12 de Março de 1952 e pretende-se manter as características do edificado. O que está classificado é “o conjunto formado pela torre ameada da Quinta da Cardiga, na freguesia da Golegã, e antigas construções que a envolvem, designadamente os claustros, capela e celeiro, e pequena colunata rematada por cúpula semiesférica”. No site da Direcção-Geral do Património Cultural é referido que a Quinta da Cardiga foi doada em 1169 por D. Afonso Henriques aos Templários, tendo sido ali edificado um castelo, que conjuntamente com os castelos de Almourol, de Ceras e do Zêzere, constituía a cintura de defesa do Tejo. A arquitectura do palacete é atribuída ao arquitecto João de Castilho (1470-1552).