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Inspecção detectou 36 irregularidades no aeródromo municipal de Santarém
Aeródromo de Santarém tem estado também ao serviço da Protecção Civil

Inspecção detectou 36 irregularidades no aeródromo municipal de Santarém

A Autoridade Nacional da Aviação Civil exigiu obras no aeródromo municipal de Santarém para poder continuar a operar. Uma das exigências dizia respeito à pista que, após as inspecções, foi fechada de imediato. As obras em curso não estão a condicionar o funcionamento do aeródromo e os 800 metros de pista agora disponíveis conseguem responder à procura.

O aeródromo de Santarém está em obras para responder às exigências da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), que apontou 36 irregularidades durante inspecções à infraestrutura. “As alterações estão em conformidade com a ANAC, no âmbito das visitas que fizeram ao aeródromo. Apontaram uma série de não conformidades e tivemos que dar resposta a cerca de 36 irregularidades que estão a ser colmatadas”, disse à Lusa o director técnico do aeródromo de Santarém, Filipe Almeirante.
O relatório da ANAC surgiu na sequência de várias visitas, após a infraestrutura passar para a tutela da Câmara Municipal de Santarém. “Uma das irregularidades foi a pista que acabou por ser fechada de imediato. Estava arborizada e por aconselhamento da ANAC tinha que ser fechada até existirem novas obras. Neste momento, estamos a utilizar cerca de 800 metros de pista, porque aquela parte da pista estava em muito mau estado. Aquela zona toda tem de ser consolidada e é esse o nosso objectivo”, referiu Filipe Almeirante.
Segundo o responsável, actualmente o processo está na fase de movimentação de terras para regularizar e pavimentar a totalidade dos 1.200 metros de pista existentes, numa intervenção que foi dividida em duas fases. A primeira fase, que incluiu a correcção de buracos e valas, bem como uma série de outras intervenções, representou um investimento de cerca de um milhão de euros. A segunda fase está ainda em desenvolvimento e o responsável espera ter todas as obras concluídas em 2025.
Para já, as obras não estão a condicionar o funcionamento do aeródromo e os 800 metros de pista actualmente disponíveis conseguem responder “na perfeição” à procura das aeronaves. Ainda de acordo com Filipe Almeirante, depois das obras será possível oferecer “um outro tipo de pista, com mais segurança”. Além disso, a intervenção tem também em consideração a existência da ponte Salgueiro de Maia, que foi construída depois do aeródromo “e é um obstáculo”.
O responsável, que assumiu funções em Março último, destacou ainda que o aeródromo é considerado uma mais-valia para o combate a incêndios, devido à sua posição geográfica, que facilita o acesso a várias regiões do país. “O aeródromo está muito bem localizado, está mais ou menos no centro do país e um objetivo do município é fazer deste aeródromo uma estrutura importante para o combate a incêndios. Aqui existe acesso a qualquer ponto do país, o aeródromo está a ser muito procurado por empresas que já estão sediadas noutros aeródromos, mas a nossa posição geográfica é uma mais-valia para essas empresas que querem vir para Santarém”, explicou.

No âmbito do Plano de Emergência do Aeródromo Municipal Cosme Pedrógão, o município de Santarém realizou, a 28 de Outubro, um simulacro de emergência à escala total. O exercício decorreu nas instalações operacionais do aeródromo, com o objectivo de testar os meios de socorro, numa situação de emergência, envolvendo duas aeronaves.

Inspecção detectou 36 irregularidades no aeródromo municipal de Santarém

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