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Como é que uma gestão de excelência no SNS, gera desorganização, confusão e ineficácia?

Acredito que, má gestão em alguns serviços do Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente nos hospitais, é, por exemplo, ter poucos enfermeiros e assistentes operacionais onde eles são necessários e muitos onde eles fazem menos falta (não falo de médicos porque cada serviço tem a sua especialidade e os cardiologistas, por exemplo, não devem ser colocados em obstetrícia).
E o que agrava o que escrevi, é ter os poucos enfermeiros, já de si sobrecarregados, a executarem, permanentemente, em certos serviços de internamento, nomeadamente medicina, trabalho que deveriam ser feito por Assistentes Operacionais, no apoio para higiene dos doentes, ou Técnicos de Laboratório, fazendo diariamente a recolha de sangue para análises.
É também, ter alguns chefes de serviços que não mexem uma palha mesmo que esteja tudo de pantanas e que nem sequer conhecem bem os serviços porque nunca lá estão, ou nunca viram o serviço que chefiam a funcionar nos turnos da tarde e noite porque, quando por lá estão, é só no turno da manhã. E o pior é que, são esses chefes, sozinhos, que avaliam anualmente o desempenho dos profissionais... que raramente vêm a trabalhar... não ser nos turnos da manhã.
Há também bloqueios provocados por sindicatos mais interessados em implementar as agendas de partidos políticos e há as cunhas, que irão sempre existir, por mais regulamentos e leis que se façam. Mas isso são penedos inamovíveis, sedimentados ao longo de décadas por laxismo, partidarismo e condescendência.
Mas o que escrevo, quase de certeza não existe para muita gente porque, pelo que vou lendo e ouvindo, nos serviços do Serviço Nacional de Saúde, a gerência... é sempre de excelência.
Rui Ricardo

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