Moradoras pedem pavimentação de rua para facilitar a vida a tetraplégico
Mau estado do piso da rua do Sobreiro, no Alto do Vale, concelho de Santarém, impede a normal circulação da cadeira de rodas de Joaquim Gomes. Pedidos já são recorrentes e município promete agir.
Duas cidadãs residentes da rua do Sobreiro, no Alto do Vale, freguesia de Vale de Santarém, foram na segunda-feira, 3 de Julho, à reunião do executivo camarário de Santarém pedir a repavimentação dessa artéria de modo a permitir a circulação em condições satisfatórias da cadeira de rodas de um morador, Joaquim Gomes, que ficou paraplégico após um acidente de mota em 2013. O presidente da câmara, Ricardo Gonçalves (PSD), disse que iria colocar essa obra na empreitada de conservação corrente da rede viária municipal, actualmente em curso, caso a mesma não esteja contemplada nesse plano.
O assunto já foi notícia em
O MIRANTE em Novembro de 2016. Joaquim Gomes, 51 anos, teve um grave acidente de mota em Vila Chã de Ourique, concelho do Cartaxo, que lhe deixou marcas para o resto da vida. Ficou tetraplégico e necessita de atenção e cuidados constantes, não conseguindo comer ou deslocar-se sozinho. Há muito que pede melhorias na rua do Sobreiro, pois o mau estado do pavimento afecta a circulação da sua cadeira de rodas nos passeios diários para apanhar ar e sol pelas redondezas.
Até ao acidente, Joaquim Gomes trabalhava no serviço de pós-venda da General Motors em Oeiras. Casado e com dois filhos, foi atirado para uma cama num quarto onde passa grande parte do dia a ver televisão. Reserva sempre uma hora do seu dia, normalmente antes do almoço, para passear pela zona com a mãe e com uma auxiliar que o ajuda diariamente.
O mau estado do pavimento é bem visível, com buracos, piso gasto e várias pedras soltas que fazem toda a diferença para Joaquim. A rua tem uma extensão de cerca de 100 metros que o morador tem de percorrer obrigatoriamente pelo alcatrão uma vez que os passeios são estreitos para a sua cadeira de rodas. “A estrada é horrível. Ao passar pelos buracos tenho muitas dores e dificulta-me a respiração, é muito incomodativo”, explicava nessa reportagem.
Na segunda-feira, Adelaide Afonso e a esposa de Joaquim, Clara Arraia, foram pedir a intervenção do município de viva voz. “Não há dinheiro para arranjar 60 metros de estrada para um desgraçado que está numa cadeira de rodas poder deslocar-se em condições?”, perguntou Adelaide Afonso, que convidou os elementos do executivo a irem ao local e ver as condições em que está o piso para circulação de uma cadeira de rodas.
O presidente da câmara garantiu que iria ver se essa rua estava contemplada no pacote de vias que vão ainda ser arranjadas este Verão, referindo que, caso não esteja, será integrada.