A Câmara da Golegã sente-se enganada pela empresa contratada para fazer a lavagem dos contentores de resíduos sólidos urbanos, disse o presidente do município, José Veiga Maltez (PS), na última reunião camarária. Em causa está a alegada má higienização feita pela empresa, pois os contentores do lixo ficam na mesma sujos e com um cheiro nauseabundo, afirmou o autarca.
Para já, adiantou o autarca, a câmara vai chamar a atenção à empresa. “Se ela continuar a falhar, logo se verá o que iremos fazer”, referiu José Veiga Maltez. Ao todo, são necessárias quatro lavagens para que o contentor fique totalmente limpo. Ainda assim, admitiu o técnico municipal, Acácio Nunes, é possível que não fique a tarefa bem realizada. “Agora, o que podemos fazer é, na hora de dar a avaliação, em vez de darmos bom, darmos suficiente”, explicou.
O MIRANTE contactou com a empresa RVU – Recolha, Transporte e Valorização de Resíduos, Lda., de Seiça (Ourém), que explicou que a lavagem é feita com uma viatura de alta pressão especial para lavagem de contentores, acompanhando o serviço de recolha do município. Fonte da empresa disse ainda que até essa data não tinha havido qualquer advertência feita pela autarquia acerca do seu trabalho, pelo que não iriam tomar medidas especiais.
O assunto foi abordado em reunião de câmara pelo munícipe José Melrinho, que questionou a forma como é feita a limpeza dos contentores do concelho. “Eles costumam parar mesmo à minha porta e garanto que a higienização não dura mais de dois minutos. É óbvio que, quando se vai a ver, a sujidade continua a estar incrustada nos contentores”, acrescentou a esposa do munícipe, Ana Maria Melrinho, residente na Azinhaga, defendendo que a autarquia deve tomar providências.