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A paralisação dos blocos operatórios afecta doentes da nossa região

A Procuradoria Geral da República já disse que os enfermeiros não podem fazer greves “self-service” a fim de impedir qualquer cirurgia nos blocos operatórios dos cinco maiores centros hospitalares do país. E denunciou o facto de cada enfermeiro se arrogar o direito de escolher em que dias e horas faz greve.
Há doentes de todo o país e também do Ribatejo que têm cirurgias programadas e pelas quais esperam há meses. O seu cancelamento puro e simples, por uma decisão discricionária de grevistas, está a colocar as suas vidas em risco ou, no mínimo, a adiar a sua recuperação com o desespero que isso acarreta, porque os próprios grevistas já disseram que não vai haver capacidade de as remarcar num prazo razoável. Como é que os sindicatos que convocaram as greves têm a lata de dizer que a greve é também feita em defesa dos doentes?
Não vale tudo meus senhores! Não vale tudo para conseguirem o que querem. O assunto é demasiado grave para que os enfermeiros, para além do sofrimento e angústia que causam a doentes e familiares, ainda tenham uma atitude que parece ser de gozo. Isto para não falar das caras de contentamento com que anunciam ter conseguido impedir milhares de operações.
A greve destes enfermeiros nem sequer prejudica a “entidade patronal”, neste caso o Estado. Uma greve na saúde - em todos os sectores da saúde - só penaliza doentes, nomeadamente os doentes mais desfavorecidos porque não podem recorrer a privados como, por exemplo, os senhores enfermeiros que estão na ADSE.
Finalmente, eu não consigo perceber uma coisa. Se os militares e os polícias não podem fazer greve por causa da segurança do país, porque é que podem ser feitas greves que põem em risco a vida de cidadãos?
Maria Margarida Teixeira

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