uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Mãe de Rosa Grilo fala de violência entre o casal
O funeral de Luís Grilo realizou-se no dia 30 de Agosto, nas Cachoeiras, onde o casal residia

Mãe de Rosa Grilo fala de violência entre o casal

Antónia Pina revela episódio de violência presenciado pelo neto e diz que Rosa Grilo “não nasceu para ser uma assassina”.

Antónia Pina, mãe de Rosa Grilo, quebrou o silêncio dois meses após a detenção da filha, actualmente em prisão preventiva por suspeita de co-autoria no homicídio do empresário e triatleta Luís Grilo, com quem era casada. Em entrevista ao programa Linha Aberta da SIC, relata um episódio de violência entre o casal um dia antes do desaparecimento do triatleta.
“O meu neto disse-me: avó, hoje passou-se uma coisa estúpida na minha casa. É que o meu pai bateu na minha mãe, numa discussão por causa de uns cortinados. O pai veio de lá muito zangado com a minha mãe, deu-lhe uma chapada no peito com muita força”, revela.
Antónia Pina conta que a filha não conversava com ela sobre problemas familiares, mas confessa que estranhou o seu comportamento após o desaparecimento do genro. “Ela veio dizer-me [que Luís Grilo estava desaparecido] eu fiquei muito agitada, muito aflita e ela disse-me: mãe, não estejas assim, não estejas a chorar”, recorda Antónia Pina.

“Não quero acreditar que tenha posto um monstro no mundo”
A mãe da suspeita de ser co-autora do homicídio de Luís Grilo fala da infância da filha e de como foi “criada com muito amor, carinho e educação” e nega: “A minha filha não nasceu para ser uma assassina”.
Sobre a teoria apresentada por Rosa Grilo, que envolve diamantes e culpa três angolanos da morte do marido, Antónia Pina diz que sabia que “eles compraram uns diamantes” em Angola, mas nega tê-los visto. “Só depois de ser detida é que ela começou com esta conversa dos diamantes”, acrescenta.
“Não quero acreditar que tenha posto um monstro no mundo”, diz Antónia Pina em lágrimas e apela à filha: “Gostava que ela um dia dissesse tudo o que sabe, o que viu, o que fez para se acabar esta história. Ou então que se incrimine só a ela, se está disposta a estar 25 anos presa. Quando sair, nós se calhar já cá não estamos e o meu neto já tem 30 e tal anos”.

Encontrado sangue na arma do amante

O disparo à queima-roupa pode ter tramado Rosa Grilo e António Joaquim, pois apesar de a arma ter sido limpa foram encontrados vestígios de sangue alojados numa chapa de platina. Uma situação que ocorre quando o disparo é feito muito próximo do corpo da vítima. De acordo com o CM, a polícia científica já tinha provado que a arma que matou Luís Grilo era uma CZ7,65 mm, com o mesmo cano e estrias da pistola encontrada na casa do funcionário judicial, em Alverca do Ribatejo.

Proibida de escrever cartas

Detida há dois meses, Rosa Grilo tem enviado cartas a partir do Estabelecimento Prisional de Tires e uma, dirigida ao seu amante, António Joaquim, já lhe custou o agravamento da medida de coacção. Dessa vez, Rosa terá agredido um guarda prisional, depois de este lhe ter apreendido uma carta que endereçava a um órgão de comunicação social, avança o Correio da Manhã. A detida está agora proibida de ter acesso a papel e caneta.
Recorde-se que Rosa Grilo foi recentemente proibida de contactar com António Joaquim, depois de ter sido interceptada uma carta que afinava os pormenores da morte do triatleta.

Mãe de Rosa Grilo fala de violência entre o casal

Mais Notícias

    A carregar...