Maria João Silva
Empresária - Minimercado A Cabacinha | 51 anos, Almeirim
Tem algum sonho que se repita regularmente?
Não. Há muito tempo que estou demasiado focada no trabalho e na falta de saúde.
Lê alguma da publicidade que lhe colocam na caixa do correio?
Às vezes leio. Comparo preços com os do meu estabelecimento.
Sabe para onde levam e o que fazem ao lixo que coloca no contentor/es?
Sei que é tratado na EcoLezíria.
Para andar de bicicleta nas ruas e estradas devia ser obrigatório algum exame?
Sim. Qualquer condutor de qualquer veículo devia ser avaliado.
Tem ou já pensou comprar um seguro de saúde?
Tenho um seguro de saúde. É um complemento que pode ter vantagens. Há um hospital privado a sete quilómetros da minha casa.
Quem gostava de convidar para lanchar?
Lancharia com o Papa Francisco. Acho que ele ia gostar dos meus velhoses de abóbora e dos meus licores.
Qual o problema que já devia ter sido resolvido há muito tempo na zona onde mora?
O problema da habitação porque penso que tende a agravar-se. Não deve ser fácil resolvê-lo.
Já alguma vez foi mandada parar numa operação stop? O que acha destas operações?
Sim. Várias vezes. Demorei imenso tempo a encontrar todos os documentos. Uma das vezes não levava mesmo. Aquelas operações têm que ser feitas. Alguém tem que fiscalizar.
Costuma mudar regularmente de operadora de telecomunicações?
Não mudo. As opções não são muitas e sinto-me bem servida.
O que pensa da possibilidade de a semana de trabalho ser de quatro dias? Se isso fosse possível o que fazia nos restantes dias; passeava ou arranjava outro emprego?
Mais um dia livre para ir às compras ou passear. Como empresária acho que tinha mais clientes. Trabalharia igual.
Gostou de andar na escola? E com que ideia, em geral, ficou dos seus professores?
Gostei muito. Voltei à escola para tirar licenciatura já com 36 anos. Os professores são quase todos sábios e com resposta para tudo.
Teve que recorrer recentemente a um serviço público (renovar carta ou cartão do cidadão, ir a uma consulta médica, etc...).
Fui à urgência do hospital e correu bem. Havia especialista na hora que lá cheguei e não demorei muito a ser atendida.
É daquelas pessoas que gosta de estacionar o automóvel à porta de todos os locais onde vai?
Quanto menos andar a pé melhor para mim.
Sabe cozinhar ou prefere apreciar a comida no prato? Qual é a sua especialidade?
Sei cozinhar. Não tenho nenhuma especialidade mas geralmente gostam da comida que faço.
Se pudesse encarnar uma personagem por um dia qual escolheria?
O João Baião. Admiro a sua energia.
No Natal o que não pode faltar na sua mesa?
Bacalhau e bolo-rei.
Era capaz de viver sem música?
Conseguiria viver sem música, mas seria uma pessoa mais triste.
Existe algum animal que gostasse de ter e não pode?
Não. Desejei ter um papagaio e consegui tê-lo há quatro anos.
Fazem falta mais mulheres na política?
Não sei. Seja homem ou mulher, tem é que ser competente.
Qual foi a sua maior extravagância?
Comprei uns sapatos muito altos e muito caros e só os usei umas horas. Também comprei duas casas sem as ver primeiro mas, sendo insólito, não foi propriamente uma extravagância.
Quais as qualidades que mais aprecia numa pessoa?
Simpatia e honestidade.
Qual a promessa que fez a si própria mais vezes no início de cada ano e que vai continuar a fazer porque ainda não conseguiu cumpri-la?
Penso em deixar de fumar e voltar ao ginásio como quase todas as pessoas.
A justiça é igual para todos?
Não. Cada pessoa tem uma bitola diferente.
À mesa, de que lado do prato é que deve ser colocado o telemóvel ou smartphone?
Raramente ponho o telemóvel perto do prato.
Sente que seria capaz de ser uma boa primeira-ministra?
Já pensei que sim. Mas melhor que eu só a minha mãe.
Qual a sua actividade preferida?
Ultimamente procuro dormir.
Tem a profissão que gostaria de ter?
Gosto muito do que faço, mas se voltasse o tempo para trás talvez fosse professora.
Sente-se livre?
Sinto-me em liberdade condicional. Dependo de muita modernice.