Filipe Pires
Técnico superior de intervenção social e presidente da Associação Thomar Honoris - 42 anos, Tomar
O que faz para ocupar os seus tempos livres?
As artes históricas são o meu hobby, principalmente a arte e estudo da esgrima antiga. Depois, gosto de andar de mota e viajar.
Já consegue associar a cor verde à defesa do ambiente ou quando pensa em verde pensa noutras coisas?
Associo claramente o verde ao ambiente. Tenho dois filhos que me lembram disso constantemente.
Já lhe aconteceu segurar uma porta para alguém passar, por exemplo e a pessoa passar sem olhar para si nem lhe agradecer?
Já aconteceu. Normalmente não ligo, mas faço sempre questão de cumprimentar.
Já foi vítima de alguma burla? O que fez?
Fui à GNR denunciar. Dois anos depois, apanharam a pessoa. Quando percebi na situação em que estava a pessoa, não fui capaz de seguir com a queixa. Afinal, até consegui recuperar o que me tinha sido retirado.
Quais são os principais problemas ambientais na sua área de residência e de trabalho? Como acha que podiam ser resolvidos?
O principal problema é o rio Nabão. Não sei como resolver. Depende da intervenção de imensas entidades. Embora se tente colocar as culpas em quem está perto (neste caso o município), há responsabilidades que o ultrapassam. Estou em crer, pelo que tenho assistido, os nossos políticos locais têm feito um enorme esforço para a sua resolução. Sinceramente não sei se será a APA, ou o município vizinho, ou outro que ainda não surgiu.
Ir comprar roupa ou sapatos dá-lhe prazer? E gosta de fazer essas compras sozinho ou acompanhado?
Não gosto de ir às compras. A minha esposa está sempre a chatear-me porque nunca compro nada para mim. Prefiro comprar para ela e para os meus filhos. É ela que me compra roupa, grande parte das vezes, por eu não ter paciência.
Quando tem uma dor de cabeça toma imediatamente um comprimido ou espera que passe?
Evito os medicamentos. Só mesmo se já andar há algum tempo com dores e se for um médico a receitar.
Lembra-se da maior extravagância que fez na sua vida?
Quando era novo, fiz várias... A maior, talvez tenha sido comprar uma casa aos 20 anos.
Os programas de culinária da televisão abrem-lhe o apetite? E dão-lhe vontade de cozinhar?
Gosto muito de cozinhar, e normalmente lá em casa divido com a esposa. Acho que só me lembro de ver programas de culinária, quando era novo, na cozinha da minha mãe.
O voto devia ser obrigatório?
Em democracia, o voto deverá ser facultativo. Mas quem não vota tem de perceber que, moralmente, não poderá criticar. O voto é a maior expressão da vontade de um cidadão.
Costuma fazer exercício físico? Em casa ou no ginásio?
Sim... Sempre no exterior.
Tenta aproveitar as promoções dos supermercados ou não liga e compra o que precisa?
A vida está difícil. Somos cinco em casa. Tenho de aproveitar todas as promoções, embora tenha consciência que, por vezes, a promoção não compensa. Normalmente até faço uma pequena triagem do que será mais benéfico.
Gostou de andar na escola? E com que ideia, em geral, ficou dos seus professores?
Adorei. Morei num bairro social em Portalegre, com mais de mil pessoas. Havia pessoas de todo o lado. Não fui grande aluno. Mas os professores, nessa altura, deram-me o que a rua me ia tirar. Hoje, sou licenciado, mestre e estou a finalizar o doutoramento em Coimbra. Foi uma enorme vitória para mim, mas sobretudo para os meus professores. Já tive oportunidade de lhes agradecer pessoalmente.
É capaz de cantar um fado do princípio ao fim? Qual?
Vários... Amália, Camané e Marisa. Fui homem da tuna e serenatas na universidade. Sei umas “modinhas”...
Lê as notícias em jornais ou prefere a internet? Porquê?
Jornais. Na internet só por casualidade.
Com que idade é que acha que se vai reformar?
Não penso nisso. Tento abstrair-me de perceber que só me vou reformar com 90 anos.
Já fez alguma viagem de férias a um país estrangeiro?
Já fiz muitas, felizmente. Já visitei praticamente todos os continentes. O que me disse mais foi África.
Tem alguma tatuagem ou já pensou em fazer uma?
Tenho uma grande no braço esquerdo. Representa o meu nascimento, o amor pela família e sobretudo os meus filhos e a minha alcunha de infância.