Mafalda Pereira
Assistente de direcção, Refúgio da Quinta Nere Maitia, Santarém
Prefere férias no campo ou na praia? Porquê?
Depende. Gosto muito do campo, mas também adoro praia, quer em Portugal, quer no estrangeiro! Quando prefiro uns dias mais “sossegados” opto por alternativas perto da natureza, agroturismos e/ou turismos rurais. Aliás, o Refúgio da Quinta Nere Maitia constitui uma boa alternativa para os entusiastas de uns dias de descanso absoluto e imersos na natureza!
O que faz para aliviar o stress do trabalho?
Vou ao ginásio, passo tempo com os meus melhores amigos (entre os quais está o meu gatinho) e ouço música.
Quando se confronta com uma pessoa ignorante o que lhe apetece fazer?
Tento ser uma pessoa paciente, mas a ignorância por vezes está demasiado latente. O que faço é uma análise, tentando perceber o motivo da ignorância e sugerir alguma coisa que permita caminhar na direcção oposta (sugerir um livro/ actividade que se possa adequar), porque o saber não ocupa lugar.
Lembra-se da última vez que viu um filme numa sala de cinema? E lembra-se qual foi?
A última vez que fui cinema foi este Verão, em Agosto. Fui com a minha prima ver o “Deadpool & Wolverine”.
Há alguma coisa que não seja cara? Qual?
Depende do que compramos e onde. Uma coisa que cada vez faço mais é comprar roupa em segunda mão, primeiro porque é mais sustentável, segundo porque fica mais em conta e, por último, sempre adorei moda e roupa ‘vintage’. Então tenho a oportunidade de me expressar e não me vestir “como toda a gente”. Acho que, de uma forma geral, o que mais aumentou foram os preços nos supermercados mas felizmente não me afecta.
Costuma arrepender-se? Qual é o seu maior arrependimento?
Só me arrependo daquilo que não faço. Não fazer e ficar a cismar em como poderia ter sido é para mim o pior arrependimento. Claro que existem sempre coisas que não correm de feição, mas precisamente ao fazê-las aprendo o que poderei melhorar.
Se os padres pudessem casar a Igreja Católica beneficiava com isso?
Claro que beneficiava. Os padres antes mesmo de o serem são pessoas. O facto de ingressarem na vida religiosa não deveria condicionar a sua vida enquanto pessoas. Há necessidades intrínsecas a todos os seres humanos e limitá-las reflecte-se sempre com ocorrências menos boas. Na minha opinião, se os padres pudessem casar, os escândalos de abuso sexual iriam certamente cair. Mas a minha opinião é apenas isso, minha.
Pratica algum desporto?
Andei um ano na dança, quando tinha 6/7 anos mas sempre fui algo descoordenada, não gostei muito. Depois disso, pratiquei natação dos 8 aos 21 anos, fiz ainda durante um ano pólo aquático (no ano antes de entrar para a faculdade) e actualmente faço ginásio. Mas pretendo voltar à natação, é o meu desporto favorito.
Se estiverem duas pessoas do mesmo sexo a namorar num local público perto de si, isso incomoda-a?
Jamais me iria incomodar. Amor é amor, não deveria sequer ser motivo de incómodo.
Os políticos são todos corruptos?
Nem todos, mas com o panorama de Portugal é cada vez mais raro não generalizar. Como sei que ainda existem boas pessoas, acredito que a minha geração poderá vir a exercer bem o seu papel nesse âmbito.
Qual o problema que já devia ter sido resolvido há muito tempo na zona onde mora?
A revitalização do centro histórico da cidade de Santarém. É triste, nos dias de hoje, ver aquela zona que outrora brotava de vida, comércio e actividades. Sempre ouvi a minha avó falar da dinâmica que existia, a qual gostaria de percepcionar no futuro, quem sabe, próximo.
Qual a época festiva que mais gosta de celebrar? Porquê?
Não ligo muito às celebrações, mas diria que os aniversários de todos aqueles que são importantes para mim. Estar com eles, dar as prendas (e ver a reacção), ajudar a preparar a comida…
Tem alguma preocupação especial com o ambiente?
Desde pequena que sinto uma especial preocupação em cuidar bem do nosso planeta. Sempre me foi incutido e sempre senti essa necessidade. Fui eu mesma que aos 5 anos sensibilizei a minha família para começar a reciclar, quando houve um desafio no meu infantário. (…) Também procuro não usar o carro; em certas viagens opto maioritariamente por transportes públicos e o meu uso da água é sempre gerido de forma a poupar e reutilizar (quando possível) a água, seja para regar as plantas, por exemplo, ou para lavar roupa à mão.