Agora Falo Eu | 06-11-2024 18:00

Ramiro Matos

Ramiro Matos
Ramiro Matos. fotoDR

Presidente da assembleia geral do Centro Popular de Cultura e Desporto, Póvoa de Santa Iria

Qual é o seu truque para manter a calma perante um imprevisto?
Pensar que a vida é mesmo isso, um imprevisto permanente.
Vale a pena ir votar?
Sempre, desde o 25 de Abril de 1974.
Gosta de cozinhar? Qual o seu prato preferido?
Gosto de cozinhar. Os meus amigos perdem-se por um bom pargo assado no forno ou por um osso buco à italiana, feitos por mim. E nada me dá mais prazer que um maravilhoso bacalhau à moda do Sabugal ou umas boas iscas com elas.
Pratica algum desporto?
Infelizmente não, embora já tenha praticado voleibol e, infelizmente pouco divulgada, a única arte marcial verdadeiramente portuguesa que é o jogo do pau, como praticado no norte de Portugal.
Qual o seu clube desportivo?
Como na política sou independente, mas também como na política, gosto mais do Sporting.
Quando se confronta com uma pessoa ignorante que o que lhe apetece fazer?
O problema não é ser-se ignorante, o problema é ser-se ignorante atrevido; isto é, aquele que fala e fala sobre tudo e mais alguma coisa, sem nada saber. Se se pudesse fazer como com a televisão e mudar de canal…
Gostava de participar num programa tipo Casa dos Segredos ou Quero namorar com um agricultor/agricultora, por exemplo? Porquê? E já se inscreveu em algum?
Nunca! O lixo é lixo, mesmo quando não cheira mal.
Lembra-se da última vez que viu um filme numa sala de cinema?
E lembra-se qual foi?
Lembro e fui ver um filme que havia visto 40 anos antes (1982), “One From the Heart” (Do fundo do Coração), de Francis Ford Coppola. E se em 1982 havia ficado deslumbrado, 40 anos depois, o deslumbramento manteve-se!
Costuma arrepender-se? Qual é o seu maior arrependimento?
O arrependimento é uma atitude muito cristã, que não professo. Prefiro aprender com os erros.
Lê alguma da publicidade que lhe colocam na caixa do correio? Tem alguma utilidade?
Não leio e não lhe reconheço qualquer utilidade a não ser a de mandar mais algum papel para o papelão.
Sabe para onde levam e o que fazem ao lixo que coloca nos contentores?
Suponho que sim, mas por vezes tenho dúvidas que o meu esforço de separar o lixo termine nas ilhas ecológicas…
Para andar de bicicleta nas ruas e estradas, devia ser obrigatório algum exame?
Sobretudo devia ser obrigatório possuir um seguro tal como nos automóveis.
Tem ou já pensou comprar um seguro de saúde?
Não tenho e não penso comprar, pois para a minha idade qualquer seguro é um logro.
A guerra na Ucrânia causa-lhe alguma preocupação, ou vive o seu dia-a-dia sem se preocupar muito com isso?
Qualquer guerra me causa preocupação, nomeadamente quando assisto a guerras por encomenda, isto é, quando vejo conflitos solucionáveis a arrastar-se a soldo das indústrias da guerra.
Qual o problema que já devia ter sido resolvido há muito tempo na zona onde mora?
O principal problema da Póvoa é que é uma cidade com quase 40.000 habitantes gerida como se fosse uma aldeia de 40 pessoas.
Gostou de andar na escola? E com que ideia, em geral, ficou dos seus professores?
Gostei de andar na escola, mas devo confessar que, no geral, nenhum dos professores que tive me marcou.
Teve que recorrer recentemente a um serviço público (renovar carta ou cartão do cidadão, ir a uma consulta médica, etc...) como correu?
Recorrer a um serviço público é uma verdadeira lotaria, pois, quase sempre, ficamos nas mãos de quem nos atende. Os serviços públicos deviam perceber que o produto que “vendem” é o mais nobre de todos, pois é cidadania.
Alguma vez frequentou uma praia de nudismo?
Já e durante vários anos. Comecei no Meco e continuei no Malhão, em Vila Nova de Milfontes. É uma sensação de liberdade que só quem experimentou compreende.
Qual o alimento que não comia nem que lhe pagassem?
Salmão.
O que é que lhe provoca um sono irresistível?
Verdadeiramente nada. A vida é sempre demasiado rica para haver alguma coisa que me leve a dormir de forma irresistível.
Quantos cafés bebe por dia? E porque os bebe?
Dois a três. Beber um café é também um acto social, mas quando não bebo sinto a sua falta.
A instalação de câmaras de vídeo é uma boa maneira de combater a criminalidade?
Não há soluções definitivas ou totalmente eficazes para “derrotar” o engenho humano.

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