Domingos Matilde
Gerente da Domingos e Edgar de Catering, Lda. 54 anos, Fajarda
No Verão caracóis e cerveja cai bem? Ou tem outra sugestão?
No Verão é uma combinação perfeita e se for à beira-mar ainda melhor. Se for um camarão tigre grelhado com uma bela imperial ainda melhor.
Quando viaja prefere que meio de transporte?
Prefiro sempre o carro pois dá-me uma liberdade única e rapidez nas deslocações.
Num dia de sol o que não dispensa: chapéu ou óculos de sol?
Os óculos de sol são a minha preferência, sem dúvida. Não gosto de andar de chapéu.
O que punha a funcionar na sua terra que não existe?
Há tanta coisa que se podia fazer e que não se faz, que nem pensei nisso. Mas podendo arranjar-se uma maneira dos idosos não se sentirem sós e abandonados, seria isso que faria.
Conseguia viver sem telemóvel?
Sim, conseguia. Eu sou da geração em que não havia nada disso. Na minha infância nem todos tinham luz eléctrica, televisão ou telefone e hoje a maior parte das pessoas tem dois telemóveis ou dois números de telemóvel. Mas éramos muito mais livres.
Qual o objecto que nunca fica em casa?
Contra mim falo, mas é o telemóvel.
Tem a profissão que gostaria de ter?
Sim. Até hoje, bem ou mal, só fiz o que gostava e queria fazer. Sempre trabalhei com pessoas e não me vejo a fazer outra coisa.
Nas férias prefere praia, campo ou neve? Porquê? Já planeou as suas férias este ano? Qual o destino escolhido?
Nas férias prefiro praia, gosto de desafiar o perigo e ver como uma coisa tão calma se pode tornar tão perigosa. Há dois anos que não vou de férias, talvez vá para o ano que vem.
Os jovens estão motivados para segurar as tradições?
Penso que não. Os jovens, devido às novas tecnologias, estão muito voltados para eles próprios.
Custa-lhe levantar de manhã para trabalhar?
Quando se faz o que se gosta não custa um novo dia, um novo desafio. Para mim, cada dia é uma nova experiência, uma nova conquista.
Preocupa-se com a saúde? Faz prevenção?
Eu não me preocupo com isso e não vou regularmente ao médico, pois eles só lá estão para vender medicamentos. É o negócio deles.
De quantas horas de sono precisa para acordar bem disposto?
Nem sei. Quando estou muito cansado, se descansar 5 minutos estou pronto para outra.
Alguma vez pediu o livro de reclamações?
Que me lembre nunca pedi o livro de reclamações.
Era capaz de dar trezentos euros por uns sapatos?
Há alguns anos diria que não, mas hoje em dia penso de outra maneira. Se andarmos confortáveis, andamos melhor.
Quando está a almoçar ou a jantar com a família ou amigos e há alguém que passa o tempo a consultar o telemóvel, isso incomoda-o?
Incomoda-me, pois quando uma família está reunida, que é tão poucas vezes, deve-se conviver e falar dos sucessos e problemas e da maneira de nos ajudarmos uns aos outros. E não estar lá como se os outros não existissem.
Quais são os principais problemas na sua área de trabalho? Como acha que podiam ser resolvidos?
A concorrência desleal. Mas Deus escreve certo por linhas tortas e o tempo resolve essa deslealdade.
O que lhe provoca um sono irresistível?
O jantar.
Consegue perceber tudo o que está escrito num contrato de um seguro ou de um empréstimo bancário, por exemplo? E tenta lê-los, ou limita-se a assinar e a esperar que tudo corra bem?
Não leio. É verdade que confiar na pessoa que está a nossa frente pode trazer alguns dissabores, mas se lermos, também não percebemos nada. Ficamos na mesma.
Os programas de culinária da televisão abrem-lhe o apetite?
E dão-lhe vontade de cozinhar?
Sim, gosto de ver e aprender, e às vezes gosto de experimentar e de tentar fazer.
Sabe andar de bicicleta e de mota?
Sim. Sei andar de bicicleta e de mota.
Fecha a água enquanto escova os dentes ou enquanto se ensaboa no banho?
Quando lavo os dentes fecho, quando me ensaboo não, pois a seguir vem muito fria.
Sabe o nome do seu médico de família? Há quanto tempo não o vê?
Não, não sei. A doutora queria que fosse de 6 em 6 meses mas vou uma vez por ano.
Quais são os principais problemas ambientais na sua área de residência e de trabalho? Como acha que podiam ser resolvidos?
A esta questão não sei responder, porque há tanta coisa mal feita e que se podia fazer melhor, que só começar tudo de novo é que resultava.