Teresa Furtado
Designer de interiores, Cozzis – A. Casimiro, Lda., Santarém
Se voltasse a ter 15 anos, o que fazia?
Olho para o passado com algum saudosismo, mas se voltasse a ter 15 anos, não faria nada de diferente. O interessante é olharmos para trás e vermos todo o percurso que fizemos até hoje. Aguardo pacientemente pelo que o futuro me reserva.
É adepta das redes sociais? Tem conta em alguma?
Sou adepta, com conta, peso e medida. Tenho contas no Facebook e Instagram, mas o Instagram praticamente não uso, nem sei o que por lá se passa. Passo um pouco mais tempo no Facebook. É um mundo virtual cheio de aparências e faz-me alguma confusão a arrogância de certas pessoas. Estar atrás de um ecrã não lhes dá o direito de maltratar tudo e todos.
Custa-lhe levantar-se de manhã para ir trabalhar?
Não, desde que durma bem. Mas acredito que se vivesse na Sibéria deveria ser mais complicado.
Gosta de conduzir? Já soprou no balão?
Gosto, de dia e em locais calmos. Não gosto de conduzir no meio da confusão, com nevoeiro ou de noite. Em 14 anos de condução nunca me pediram para soprar o balão e nem tenho hábito de consumir álcool.
Alguma vez teve de mudar um pneu?
De carro, não. De bicicleta, uns quantos. Mas acho que se algum dia tiver que mudar um pneu do carro, vou precisar de comer uma boa dose de espinafres antes.
Quais as datas importantes que costuma celebrar?
Uma das mais importantes, o Natal, sempre em família.
E o seu aniversário?
Não. Sou daquelas pessoas que entra em negação por estar a envelhecer e no dia do seu aniversário faz os possíveis para ninguém se lembrar da data.
Era capaz de viver sem música?
Nem eu nem mais ninguém, imagino. Sou daquelas pessoas que às vezes acaba por dormir mais tarde só porque se distrai a ouvir música. “Só mais uma, já vou dormir.”
Qual é o seu truque para manter a calma perante um imprevisto?
Respiro bem fundo! Sou uma pessoa aparentemente calma mesmo quando surgem alguns percalços. Mas, claro, tudo depende do tipo de imprevistos. Tenho vindo a aprender ao longo da vida que mais vale assumir que existem coisas que não dependem de mim e que não posso controlar.
A que petisco não resiste?
Percebes! E não só. Mas para quem nasceu perto do mar seria quase um crime não ser o meu petisco favorito.
Qual o alimento que não comia nem que lhe pagassem?
Costumava dizer que gostava de quase tudo menos de favas e de toucinho cozido. No entanto, hoje em dia... De que valor é que estamos a falar? Brincadeira à parte, de certeza que deve haver por aí mais algum alimento que não possa nem cheirar, quanto mais comer.
E sabe cozinhar? Qual é a sua especialidade?
Até me desenrasco, mas sou terrível a seguir receitas e quando dou por mim já estou a inventar pelo meio. Às vezes corre bem, outras nem por isso. Especialidade? Não digo que seja, mas faço um bolinho de chocolate e beterraba de comer e chorar por mais.
Que estação do ano prefere?
Primavera (ou um Verão muito ameno). Os dias mais compridos deixam-me com mais energia. Os passarinhos a cantar, as flores a brotar... É tudo uma alegria.
Alguma vez deu sangue?
Nunca, e por enquanto nem posso, por dois motivos. Baixo peso e hemoglobina fora dos níveis normais. Os meus glóbulos vermelhos decidiram que não podiam ser iguais aos das outras pessoas (tenho talassemia minor).
Conseguia viver sem telemóvel?
Às vezes até me esqueço dele em casa. Não sinto muita falta dele, especialmente se estiver em boa companhia ou entretida.
Já visitou alguma praia fluvial da região?
Já, a do Patacão. Qualquer dia vou dar uma vista de olhos às restantes, aproveitar e passear a minha máquina fotográfica, que já está com saudades de ser usada.
Gosta mais do campo ou da cidade?
A pergunta mais fácil de todas. Campo, sempre! Tem a ver com as minhas raízes e com a minha forma de viver. Faz-me falta mexer em terra de vez em quando.
Qual foi a melhor viagem (ou passeio) que fez até hoje?
Melhor, nem sei... Não sou muito viajada e saio poucas vezes do país. Gosto mais de aproveitar com boa companhia as pequenas belezas que temos cá dentro. Já visitei alguns sítios que me marcaram e estou para lá voltar desde então. Sintra e Óbidos por exemplo.