Agora Falo Eu | 17-09-2025 07:00

Carla Pasion Neves

Carla Pasion Neves
- foto DR

Chefe da Unidade Funcional de Educação, Câmara Municipal do Cartaxo

Durante quanto tempo é capaz de guardar um segredo?
Guardo eternamente. A confiança é um tesouro. Quando alguém me entrega um segredo, entregou-me também parte de si.
Este mundo está perdido?
Não. Está em transformação. Mas exige de nós escolhas conscientes e responsáveis.
Existe algum animal que gostasse de ter e não pode?
Gostava de ter um cavalo. Pela sua beleza, liberdade e força. Mas sei que exigem espaço e cuidados que neste momento não lhes poderia dar.
Lembra-se da maior extravagância que fez na sua vida?
Sim, foi viajar sem grandes planos, apenas com o desejo de descobrir, sem sentinelas, sem sentidos proibidos. A vida precisa, às vezes, dessa ousadia.
O que gostava de fazer e não faz para não cair no ridículo?
Gostava de dançar livremente em plena rua, sem medo do olhar alheio.
O que tem que fazer um homem para ser um verdadeiro homem?
Tem de ser íntegro, respeitador, sensível e corajoso. A grandeza mede-se pelo carácter, não pela força.
Tem alguma tatuagem ou já pensou em fazer uma?
Não tenho e não acredito que venha a fazer. Tenho cicatrizes que tatuam a vida em mim - lembranças de que viver também é superar.
Tem boas recordações da escola primária?
A escola foi o espaço onde começaram a germinar as histórias que mais tarde dei ao mundo através dos meus livros. Foi sempre um lugar onde me senti estimulada e feliz.
Como gostaria de marcar a sua passagem pelo planeta?
Gostava que a minha passagem fosse marcada pelo cuidado com os outros e pela capacidade de inspirar. Através dos meus livros, e do meu trabalho na câmara municipal, quero deixar uma semente de esperança, de bem-estar e de valorização da vida em comunidade.
Lembra-se da última vez que usou a bicicleta como meio de transporte?
Tenho por hábito passear de bicicleta com a minha filha mais nova. É um momento privilegiado de um tempo só nosso. A vida abranda, o vento acaricia e a cumplicidade cresce. São memórias que ficam gravadas no coração.
À mesa, de que lado do prato é que deve ser colocado o telemóvel ou smartphone?
Para mim, o telemóvel não deve sequer estar na mesa.
Gosta de ouvir os foguetes nas festas populares?
Em criança, gostava — porque eram sinal de festa, de comunidade, de alegria. Contudo, hoje, vejo-os de forma diferente. O risco de incêndios, o desconforto para os animais e até o
mal-estar para algumas pessoas levam-me a acreditar que devemos repensar esta tradição. Há tantas outras formas de celebrar sem ferir nem pôr em risco.
Já fez alguma viagem de férias a um país estrangeiro?
Já viajei para França, Alemanha, Espanha. Todas as viagens me enriqueceram e deixaram memórias únicas. A próxima será a Grécia, país que me fascina pela sua história, pela sua cultura e pela sua luz.
Se houver reencarnação, o quê ou quem gostaria de ser na próxima vida?
Gostava de voltar a ser alguém que escrevesse e cuidasse dos outros. Talvez também uma árvore, para oferecer sombra, oxigénio e abrigo.
Deposita dinheiro em contas de solidariedade quando os números das mesmas são divulgados?
Sim, quando sinto confiança. Acredito na solidariedade como uma forma concreta de transformar vidas.
Votar devia ser obrigatório?
Acredito que sim, porque a democracia só existe plenamente com participação. Mas o voto obrigatório só faz sentido se for acompanhado de uma aposta séria na literacia cívica.
Alguma vez deu sangue?
Sim, várias vezes. Porque é um gesto simples que pode salvar vidas. É um acto de solidariedade maior.
Quando tem uma dor de cabeça toma imediatamente um comprimido ou espera que ela passe?
Normalmente espero. O corpo fala e aprendi a escutá-lo. Só recorro ao comprimido quando sinto que é mesmo necessário.

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