Crónicas do Brasil | 27-04-2020

Recuperação ambiental no Rio de Janeiro

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O Projeto Pão de Açúcar Verde se empenha há dezoito anos na recuperação ambiental das áreas degradadas do Monumento Natural dos Morros do Pão de Açúcar e da Urca - encarando aclives perigosos, trilhas pouco demarcadas, animais peçonhentos e tantos outros riscos próprios de um ambiente natural.

8h30, Praça General Tibúrcio, Urca. Os voluntários começam a se reunir; camisas brancas predominam, com a imagem do Pão de Açúcar em uma composição de folhas e sementes. Após algumas instruções, mudas de árvores nativas são distribuídas entre os participantes; em seguida, rumamos pela pista Claudio Coutinho até a grande torre de alvenaria, que anuncia o fim do caminho asfaltado.

A trilha é agora acidentada; vencemos os obstáculos revezando as plantas e mochilas. A floresta alta logo dá lugar aos arbustos, bromélias e orquídeas, característicos da restinga de costão - o mar e a rocha se embatem alguns metros abaixo. Atrás, o Pão de Açúcar expõe sua face íngreme e recortada; fragatas voejam em seu redor, como numa reverência. Com certa dificuldade, avançamos até o local de plantio.

O trabalho é ágil: cada voluntário se encarrega de uma das árvores, fixando-as em covas feitas previamente. É a primeira experiência de plantio de alguns participantes, o que evidencia a importância da iniciativa. Por outro lado, vários voluntários são constantes nos mutirões. Quanto à diversidade de espécies nativas utilizadas, temos aroeira, amendoim-bravo, jerivá, jurema, paineira-rosa, pau-brasil, ingá, embiruçu, angico-branco, sibipiruna, quaresmeira e outras.

O Projeto Pão de Açúcar Verde se empenha há dezoito anos na recuperação ambiental das áreas degradadas do Monumento Natural dos Morros do Pão de Açúcar e da Urca - encarando aclives perigosos, trilhas pouco demarcadas, animais peçonhentos e tantos outros riscos próprios de um ambiente natural. Em contrapartida, a vista e a experiência são únicas, especialmente quando as águas da Praia Vermelha assumem seu espetacular azul turquesa, e a floresta transpira sob o sol pleno do Rio de Janeiro.

Domingos Sávio Teixeira, idealizador do projeto, era inicialmente escalador na região. Começou o trabalho sozinho, em 2002, época em que o monumento ainda não era protegido por lei. O capim colonião - espécie exótica invasora - predominava em muitas áreas originalmente ocupadas por espécies da Mata Atlântica, o que facilitava a dispersão de incêndios e prejudicava a flora e fauna locais. Atualmente, o projeto conta com a colaboração de numerosos voluntários e já plantou aproximadamente sete mil mudas, cruciais na recuperação que se vê hoje na reserva. Os encontros do grupo ocorrem no primeiro domingo de cada mês, durante o ano inteiro.

Site do projeto: www.projetopaodeacucarverde.com.br

Por Rainer Seffrin

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