José Saramago recebeu a título póstumo o prémio Memória e Identidade 2022

Nuno Domingos recebeu em nome de Pilar Del Rio o prémio Memória e Identidade, atribuído a José Saramago a título póstumo. O prémio foi entregue por Inês de Medeiros, presidente do município de Almada, e Hugo Miguel Pereira, presidente da Associação e do município de Lagos.

Cerimónia da entrega do prémio realizou-se hoje em Almada na abertura do XVIII Encontro Nacional de Municípios com Centro Histórico.

José Miguel Noras anunciou e apresentou hoje, 10 de Novembro, na cerimónia de abertura do XVIII Encontro Nacional de Municípios com Centro Histórico, o prémio Memoria e Identidade para o Nobel da literatura José Saramago, cujo centenário da data de nascimento se comemora a 16 de Novembro. O encontro dos autarcas, que homenagearam o escritor natural de Azinhaga, decorreu em Almada no auditório Fernando Lopes-Graça. Pilar del Rio, sua mulher e presidente da Fundação José Saramago não pode receber o prémio por estar ausente em Lanzarote. A organização escolheu o vereador da câmara de Santarém, e homem de cultura, Nuno Domingos, que subiu ao palco para receber o prémio das mãos de Inês de Medeiros, presidente do município de Almada e de Hugo Miguel Pereira, presidente da Associação e do município de Lagos.

A proposta para a atribuição a título póstumo a José Saramago do prémio nacional Memória e Identidade partiu de José Miguel Noras, foi feita a 12 de Maio e aprovada por unanimidade e aclamação no dia 27 do mesmo mês.  José Miguel Noras leu para a plateia do auditório Fernando Lopes Graça um excerto do livro Viagem a Portugal, de José Saramago, editado em 1981, em que o escritor, falando de Almada diz que  “tudo é maior que os homens e nada é tão grande como eles”, depois de se referir no inicio do texto à grandeza da cidade, à grandiosidade da Ponte 25 de Abril e aos pilares que a sustêm.

Recorde-se que o Prémio Memória e Identidade foi instituído em Angra do Heroísmo no ano de 2012, e visa distinguir as personalidades que mais se destacaram nas áreas da salvaguarda e da valorização do património cultural, sob o lema “Transformar sem destruir, crescer sem devorar as raízes”.

Pretende enaltecer a carreira de quem se destacou ao longo da vida nas áreas da arquitectura, da engenharia, da história e das artes, pugnando sempre pela defesa e pela divulgação dos centros históricos, enquanto conjuntos representativos de valores culturais e artísticos, cuja memória importa preservar e cuja vida se impõe dinamizar.

A primeira edição deste prémio nacional foi conferida em 2012 a Álvaro Siza Vieira, tendo contemplado até hoje personalidades como José-Augusto França, Helena Roseta, Júlio Pomar, António Ramalho Eanes, Alexandra Gesta e Jorge Sampaio. Até agora nunca tinha sido atribuído a título póstumo.

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