Nersant quer apoios para as empresas agora para que possam pagar impostos no futuro
Associação Empresarial de Santarém diz que ninguém quer despedir colaboradores.
A Associação empresarial de Santarém - Nersant, divulgou um conjunto de propostas ao Governo, destinadas a apoiar as empresas. Segundo a associação, trata-se de medidas elaboradas com base no conhecimento real dos problemas, anseios e expectativas do tecido empresarial, que pretende manter a sua actividade e os postos de trabalho.
"Estamos certos que só com medidas directas e objectivas se conseguirá ultrapassar esta crise, minimizando os danos colaterais, muitos deles devido à pouca ousadia e incapacidade de compreender o que as empresas podem fazer. ", pede ler-se num comunicado da direcção, emitido, segunda-feira, dia 23.
No texto é dito que estudos recentes, feitos nos Estados Unidos da América, mostram que uma PME (Pequena e Média Empresa) que não factura, no período máximo de 27 dias, em média, encerra.
Ao nível do apoio directo às empresas é proposto que as empresas que recorram a linhas de crédito, devido à redução substancial das suas vendas, tenham acesso a uma linha de apoio à manutenção do emprego, para fazer face ao reembolso desse financiamento.
Defende também que esse apoio, não seja reembolsável "e seja atribuído a todas as empresas que mantenham até ao fim deste ano o nível de emprego que tiveram, em média, no 1º trimestre de 2020 e que estejam enquadradas nas actividades económicas elegíveis no âmbito das linhas de crédito de apoio à tesouraria criadas e que beneficiem dessas linhas de crédito.". O montante do mesmo deverá, segundo a proposta, ser calculado com base no número de trabalhadores.
Em termos de Segurança Social, é proposto que as empresas fiquem isentas de liquidar a TSU corresponder à sua responsabilidade, respeitantes ao 2º trimestre de 2020, "período onde mais se fará sentir o efeito da pandemia. ".
A Nersant quer que seja o Estado a negociar com a Banca, "disponibilizando as linhas de crédito e a taxa de juro de 0% para as empresas, de forma a fazer face às suas necessidades de tesouraria, incluindo o pagamento de salários e que, para as microempresas a cobertura aos bancos deva ser de 100%, de forma a evitar que dependa da banca a aprovação (salvaguardando as condições de acesso).
São também propostas medidas como o pagamento imediato dos incentivos do Portugal 2020 e que todas as linhas de crédito anunciadas tenham uma taxa de juro de 0%, bem como uma maior abrangência dos sectores abrangidos.