Covid-19 | 17-04-2020 18:15

Meia centena de utentes e funcionários do lar da Misericórdia de Alverca infectados com Covid-19

Meia centena de utentes e funcionários do lar da Misericórdia de Alverca infectados com Covid-19

Entre os 50 infectados está uma funcionária que depois de apresentar sintomas graves da doença foi transportada ao hospital. Delegada de saúde aponta como solução a evacuação total e desinfecção do lar, indicou o director da instituição, mas ainda nenhuma decisão foi tomada.

A Associação de Assistência e Beneficência da Misericórdia de Alverca (AABMA) tem 47 casos positivos de Covid-19, entre utentes e funcionários e mais três utentes em unidade hospitalar que também testaram positivo à doença. Uma das funcionária que testou positivo foi esta tarde transportada ao hospital, depois de ter apresentado graves dificuldades respiratórias.


“Na última quarta-feira recebemos a confirmação de que um dos nossos utentes tinha testado positivo à Covid-19. O teste foi feito ao utente no Hospital Vila Franca de Xira, para onde tinha sido encaminhado por causa de uma fractura numa perna, sem que tivesse qualquer tipo de sintomas de Covid-19”, explicou a O MIRANTE o director da associação, João Simões.

De acordo com o responsável, foi determinada a realização de testes aos 81 funcionários da AABMA e aos 64 utentes do primeiro piso do lar, onde se encontrava o utente infectado. Falta ainda testar mais 21 utentes que se encontram noutro espaço daquela estrutura.

Dos 47 casos confirmados na manhã desta sexta-feira, 17 de Abril, 15 têm idades a abaixo dos 60 anos, ou seja, são todos trabalhadores. Neste momento, explica o director, ainda não se sabe “quem são as pessoas infectadas porque não foram disponibilizados nomes, o que significa que temos infectados fechados num lar a conviver com outras pessoas não infectadas”. “A cada hora que passa, avizinha-se um desastre”, teme João Simões.

Segundo trata de explicar o responsável, a instituição recebeu hoje a visita de uma delegada de saúde do concelho de Vila Franca de Xira, que, “após verificar que não há condições de separação naquele lar recomendou a evacuação total e desinfecção” daquela estrutura e que após a chegada de mais resultados de testes se deveria “proceder a uma separação entre infectados e não infectados, assintomáticos e sintomáticos e utentes dependentes e não dependentes”. Uma decisão que João Simões considera impossível de concretizar: “Um lar não é um hospital. Quem lá trabalha, além de estar ao serviço há 20 dias consecutivos, não são profisisonais qualificados para tratar de doentes com Covid-19, ainda para mais quando também eles estão diagnosticados” com a doença.

João Simões avançou ainda a O MIRANTE que aguarda até ao final do dia de hoje por uma decisão das entidades competentes, depois de já ter contactado com a Câmara de Vila Franca de Xira, Segurança Social e autoridade de saúde.
“Para já não há ainda nenhuma decisão tomada”, sobre o local para onde vão ser encaminhados utentes e funcionários.

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