Aeroporto: ignoram Santarém e tomam posição por Alcochete
É normal, são uns apetecíveis milhares de milhões. E ninguém se assusta, nem o povo, muito menos os políticos ou governantes.
É normal, são uns apetecíveis milhares de milhões. E ninguém se assusta, nem o povo, muito menos os políticos ou governantes. Os primeiros porque, salvo honrosas excepções, foi para isso que escolheram a carreira, os segundos, porque não há boas intenções ou ideologias que resistam ao dinheiro. Veja-se quantos roubaram, desde o saco de Batatas do Valentim ou a pré-entrega de Macau de data longínqua, até às messes dos militares ou a moscambilha entre governantes.
De tantos apanhados nas malhas da justiça só o residual foi preso e nenhum devolveu a parte dos nossos impostos. E quando os governantes são corruptos o que se pode esperar da restante máquina que lhes está subordinada? Alguém acredita que Sócrates, Bava ou Pinho (para só citar alguns) actuaram isoladamente?
Hoje, não se transferem “códigos” para paraísos fiscais, nem numerário, deixam “marcas”, mas há o cargo bem remunerado para familiares, e há tantos. O nome de família não é limitativo, como bem evidente na comunicação social, a começar pela RTP. Depois, aquela coincidência dos ex-decisores virem a ocupar cargos na estrutura que criaram ou viabilizaram, por vezes, anos depois e de forma enviesada. E neste capítulo não há decoro, por vezes até parece provocação.
Rui Figueiredo Jacinto