Cultura | 19-10-2009 08:44
Escrever «Caim» foi um exercício de liberdade diz José Saramago
José Saramago afirmou, na noite de domingo, em Penafiel, que escrever o seu novo livro, "Caim", constituiu, para si, "um exercício de liberdade". O escritor natural de Azinhaga falava durante a apresentação mundial do livro, que se realizou no Museu Municipal de Penafiel."Não é que este livro seja mal comportado, mas é, sem dúvida uma insurreição, um apelo a que todos se animem a procurar ver o que está do outro lado das coisas", disse.O Prémio Nobel da Literatura de 1998, com 86 anos, falou cerca de uma hora e um quarto, e referia-se ao tema principal do livro, em que regressa à questão religiosa, contando, em tom irónico e jocoso, a história de Caim.Segundo o Velho Testamento, Caim terá sido o filho primogénito de Adão e Eva, que matou Abel, seu irmão mais novo, num acesso de ciúmes, após verificar que Deus mostrara preferência por este."Nada disto existiu, está claro, são mitos inventados pelos homens, tal como Deus é uma criação dos homens. Eu limito-me a levantar as pedras e a mostrar esta realidade escondida atrás delas", afirmou o escritor.
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