O município de Vila Franca de Xira formalizou no dia 21 de Abril a candidatura das festas do Colete Encarnado para integrar o Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial. É uma intenção que o presidente do município, Alberto Mesquita, já havia confirmado a O MIRANTE em 2018.

Após um longo período de preparação a candidatura foi agora submetida à Direcção-Geral do Património Cultural, a quem compete a avaliação por parte do painel de peritos que vai estudar a documentação que suporta a candidatura.

Se for aprovada a candidatura, o Colete Encarnado passará a estar inscrito no Inventário Nacional de Património Cultural Imaterial, condição fundamental para uma eventual candidatura a Património Imaterial da UNESCO, sublinha a Câmara de Vila Franca de Xira.

Para fundamentar a candidatura foram recolhidos e compilados documentos, fotos, cartazes, programas, recortes de jornais da região, reportagens portuguesas e estrangeiras, filmes, documentários e até algumas obras de arte que ilustram, diz a câmara, “a riqueza cultural associada a esta festividade” vincadamente taurina.

Há também testemunhos vivos dos principais intervenientes da festa - campinos e tertúlias - que se constituem como documentos históricos para a posteridade, para que a sua “arte e a sabedoria sejam transmitidas às gerações vindouras”, acrescenta o município.

“Num momento em que devido à situação pandémica não tem sido possível viver a festa na sua plenitude, este processo, em conjunto com a consagração no ano passado como uma das 7 Maravilhas da Cultura Popular Portuguesa, realça o Colete Encarnado como festa maior do concelho e desta região”, conclui o município em comunicado.

O primeiro autarca da região a defender a candidatura, recorde-se, foi o presidente da Junta de Vila Franca de Xira, João Santos, em Novembro de 2017, que expressou na sua tomada de posse a vontade de ver a festa maior da sua cidade registada como património imaterial.