Cultura | 26-09-2021 11:20

Moisés, vocalista da Quinta do Bill, lança primeiro álbum a solo com poema inédito de José Mário Branco

Moisés, vocalista da Quinta do Bill, lança primeiro álbum a solo com poema inédito de José Mário Branco
CULTURA / DIVULGAÇÃO

"Moisés - primeiro solo" já se encontra disponível em todas as plataformas digitais e lojas físicas.

Há álbuns que marcam a nossa vida, mas há também álbuns marcados pela nossa vida! É o caso de “Moisés – primeiro solo”, que regista a estreia a solo de Moisés, voz da Quinta do Bill, 35 anos depois de uma carreira inteiramente dedicada ao coletivo de Tomar.


A ideia esteve sempre lá, germinou nos últimos anos e só a recente pandemia Covid19 a impediu de se concretizar mais cedo.

Trata-se de uma coleção singular de Canções, entre a construção harmónica e melódica de “Por Todos Nós” à procura de um espaço e de um silêncio em “Tempo de saber e de viver”, revisitando a essência pop em “Eu sei o que és para mim”, ou despertando consciências para as questões ambientais em “Ocaso plástico” e “Tens um mundo a proteger”, todas elas compostas por um dos seus mais inequívocos autores portugueses das últimas décadas, Moisés, a quem o tempo parece ter concedido o dom da perenidade criativa.


Mas, na substância, “primeiro solo” , é tudo menos um álbum a solo. Como tantas vezes acontece na Quinta do Bill, Moisés fez-se rodear de novos e velhos amigos de sempre, cúmplices de uma caminhada já longa, sempre sentida e partilhada: José Luis Peixoto assina e declama o seu próprio poema em “Tempo de saber e de viver”; Tim (Xutos & Pontapés), Moz Carrapa (Salada de Frutas e Ala dos Namorados) e Sebastião Antunes (Quadrilha) voltam igualmente a dizer presente e até Joaquim Franco (jornalista e escritor) concretiza nas palavras de “O dom da alma” o resultado de uma duradoura amizade construída em cima do amor/dor a Moçambique.


Mas há em “primeiro solo” um momento impossível de contornar: num texto

original escrito expressamente para esta obra, “Regresso” marca ao mesmo

tempo o regresso e a partida de José Mário Branco, num impressionante poema que arrepia e que não nos deixa indiferentes a uma espécie de antecâmara do seu próprio destino.


Gravado em Tomar, num coletivo a três com Paulo Bizarro e André Moinho

(Quinta do Bill), o álbum está disponível a partir de hoje e contou com a produção de Moisés e mistura de João André (Bárbara Tinoco, The Black Mamba, Miguel Araújo), numa experiência de contágio imediato: melodias eternamente pop, harmonias vocais construídas com rigor que não escondem a herança clássica de Moisés e a predileção de sempre por The Beatles, Beach Boys, Fleet Foxes ou Arcade Fire, e ainda um conjunto de texturas de guitarras recheadas de contemporaneidade. O primeiro single foi apresentado no passado dia 17 de Setembro. E sempre a “Dançar, até que a noite caia”.

Alinhamento:

1. Regresso (José Mário Branco - Carlos Moisés)
2. Ocaso plástico (Tim - Carlos Moisés)
3. Eu sei o que és para mim (Sebastião Antunes - Carlos Moisés)
4. O dom da alma (Joaquim Franco - Carlos Moisés)
5. Dançar, até que a noite caia (Moz Carrapa - Carlos Moisés)
6. Fiz-me feliz (Sebastião Antunes - Carlos Moisés)
7. Sei que amanhã vai ser melhor (Sebastião Antunes - Carlos Moisés)
8. Tempo de saber e viver (José Luis Peixoto - Carlos Moisés)
9. Tens um mundo a proteger (Sebastião Antunes - Carlos Moisés)
10. Por Todos Nós (Moz Carrapa - Carlos Moisés)

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