José Cid tornou-se comendador no dia em que fez 80 anos
Presidente da República agraciou o músico e compositor, natural da Chamusca, com a comenda da Ordem do Infante D. Henrique.
O músico José Cid foi condecorado no dia 4 de Fevereiro, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, em Lisboa, com o grau de comendador da Ordem do Infante D. Henrique, anunciou a Presidência da República. A distinção aconteceu no dia em que o músico, cantor, compositor e produtor musical, natural da Chamusca, completou 80 anos, como recorda a nota publicada no ‘site’ da Presidência da República.
José Cid nasceu em 4 de Fevereiro de 1942 na Chamusca. Em 2019, recebeu o Grammy de Excelência Musical, da Academia Latina de Gravação, por “contribuições de significado artístico excecional para a música latina”. Ganhou diversos prémios ao longo da sua carreiram, tendo sido distinguido em 2007 como Personalidade do Ano por O MIRANTE.
Fundador d’Os Babies, em 1956, uma banda de ‘covers’ de sucessos da época, foi com o Quarteto 1111 que “criou as bases do rock português”, na década de 1960, como destacou a organização norte-americana dos chamados Grammys Latinos, dando como exemplo canções como “A Lenda De El-Rei D. Sebastião”, e o mais tardio álbum “10.000 Anos Depois Entre Vénus e Marte”, de 1978, que definiu como “uma obra-prima do rock progressivo”.
José Cid representou Portugal em diversos festivais internacionais, designadamente em Tóquio, em 1971, na Organização Ibero-Americana de Televisão (OTI), em 1979 e 1981, e na Eurovisão, em 1980, e soma mais de 60 anos de carreira, com dezenas de álbuns e atuações regulares em festivais e concertos.
Canções como “Uma Cabana Junto à Praia”, “Um Grande, Grande Amor”, “Uma Lágrima”, “20 Anos” e “A Minha Música” representam alguns dos seus maiores sucessos. Em 2015, o seu álbum “Menino Prodígio” foi distinguido com o Prémio Pedro Osório, em 2018, publicou “Clube dos Corações Solitários do Capitão Cid” e, em 2020, recebeu o Prémio António Quadros, pela sua carreira.
No final do ano passado, regressou ao rock progressivo, com “Vozes do Além”, o seu 25.º álbum de estúdio, no qual canta poetas como Natália Correia e Sophia de Mello Breyner Andresen. Para o Verão deste ano, tem anunciada a publicação de “Tozé Cid”, álbum que materializa um projeto comum com Tozé Brito, dedicado a canções do Quarteto 1111 – de que ambos fizeram parte -, proibidas pela censura, durante a ditadura, como “Domingo em Bidonville”, “Lisboa ano 3000” e “João Nada”.