Cultura | 30-11-2022 18:00

No baú de Pedro Cabrita só há espaço para o sorriso das crianças

No baú de Pedro Cabrita só há espaço para o sorriso das crianças
Pedro Cabrita sonha com um mundo onde as crianças não passem dias infelizes

Jovem criou um projecto em Vialonga para entreter os mais novos com pinturas, animação e insufláveis, depois de anos a sonhar trabalhar com os mais novos.

Foi num trabalho com a fundação Make a Wish que percebeu que queria ajudar mais nas causas sociais.


Ser um homem a trabalhar com crianças ainda vai gerando alguns preconceitos mas Pedro Cabrita, de Vialonga, não desiste do seu sonho de trabalhar com os mais pequenos e distribuir sorrisos e animação. Com 25 anos, é o fundador do Baú das Cores, um projecto que visa dar alegria aos mais novos com pinturas, animação e insufláveis. Há um ano investiu as poupanças que tinha na ideia e nunca virou as costas à luta, estando também disponível para participar em eventos de cariz social por acreditar que nenhuma criança deve viver infeliz. Pelo meio também ajudou na fundação Make a Wish, uma organização sem fins lucrativos que trabalha com crianças vítimas de doenças graves, degenerativas ou terminais dando-lhes um pouco de esperança.
Começou cedo a tornar realidade o seu sonho de trabalhar com crianças. Aos 17 anos procurou formas de entreter os mais novos em colónias de férias e aos poucos foi tornando-se autónomo e animou algumas festas até decidir fazer da animação para crianças o seu foco e ganha-pão. “A minha experiência com a Make a Wish fez com que percebesse ainda melhor que devemos conceder estas vontades aos mais novos. O meu interesse é e será sempre ajudar as crianças a serem felizes”, conta a O MIRANTE.
Formado em turismo, o jovem admite que o contacto com o público o ajudou no seu percurso enquanto animador de festas, principalmente no que toca a lidar com situações difíceis como clientes inflexíveis, birras, entre outras. “Ainda hoje me emociono com isto. Num hotel onde trabalhei sabiam que fazia animação de festas e quando surgiu uma parceria com a Make a Wish por causa de um menino, eu era incapaz de dizer que não. A criança tinha uma doença terminal, então decidimos dar-lhe o melhor dia possível, com tudo aquilo de que ele gostava, uma surpresa da Patrulha Pata. No final do dia, depois da festa, disse que tinha um truque de magia para ele. Apresentei duas caixas e numa delas estava o presente que ele sempre quis. Um tablet. Ver aquele sorriso quando abriu a caixa fez tudo valer a pena”, confessa, emocionado.
No Baú das Cores, apesar de contar ocasionalmente com a presença de um ilusionista e algumas mascotes, o mais comum é ir sozinho, no carro particular, onde leva todos os materiais de pintura, jogos e ainda os insufláveis que podem pesar entre 30 e 50 quilos. De forma a garantir que tudo corre da melhor forma, o jovem tenta aparecer sempre uma hora antes do início do evento e como consequência, sai sempre uma a duas horas depois, algo que, apesar do esforço, considera gratificante.

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