Cultura | 11-12-2022 07:00

Artesãos mostram a sua arte e a paixão pela UDCAS do Sobralinho

Artesãos mostram a sua arte e a paixão pela UDCAS do Sobralinho
Grupo de amigas participam na Mostra de Artesanato, organizada pela

União Desportiva e Cultural da Aldeia do Sobralinho organizou mais uma edição da Mostra de Artesanato que contou com a participação de 14 artesãos. Nenhum escondeu a paixão pela associação e a vontade de continuar a trabalhar para manter vivas as tradições no concelho de Vila Franca de Xira.

Promover a cultura e o artesanato é uma das preocupações da direcção da União Desportiva e Cultural da Aldeia do Sobralinho (UDCAS), que organizou mais uma edição da Mostra de Artesanato, inserido no projecto Mercados de Natal, da União de Freguesias de Alverca do Ribatejo e Sobralinho. O MIRANTE marcou presença no evento que juntou 14 artesãos, música, dança e boa disposição.
Ana António, 60 anos, é membro da direcção da UDCAS há cinco anos e salienta o esforço da equipa para colocar de pé mais um evento, que já conta com mais de uma década de existência. Atrás de uma das bancas, Aurora Salvador, Maria Marcachita, Basilissa Tomás, Rosete Nolasco e Julieta Cristino são um grupo de amigas que participam no evento desde o primeiro ano. Costuram ao mesmo tempo que convivem e fazem novas amizades; “é por amor à UDCAS que todos os anos participamos nesta mostra de artesanato e vendemos as nossas criações. É tudo em prol do clube, nada fica para nós” explica Aurora Salvador, esposa do sócio número 1 e um dos fundadores da UDCAS.
Para o grupo de amigas não há nada melhor do que trabalharem juntas para manter viva a arte da costura e das roupas feitas à mão. Com o fim de muitas tradições as costureiras consideram que as associações locais precisam de mais apoios e sangue novo para dar novos estímulos às populações. “A UDCAS já esteve repleta de movimento cultural, desportivo e artístico. Hoje em dia é algo que tem desaparecido. É preciso sangue novo, mais investimento em prol da comunidade, em prol dos sócios”, afirmam.

Uma verdadeira família
Fernando Caio, 67 anos, não gosta de ser considerado artista, mas sim um apaixonado por arte. Em criança divertia-se a pintar pedras do rio e da calçada; actualmente, um ano depois de se reformar, voltou a pegar num pincel e a fazer o que mais gosta. É uma terapia que ajuda a desligar dos problemas do dia-a-dia, mas dá trabalho. Um presépio completo, por exemplo, leva algumas semanas a pintar. As tintas não são baratas e se fosse cobrar a mão-de-obra, ninguém comprava nada”, sublinha, com um sorriso no rosto.
Dina Lizardo marcou presença no evento em representação da mãe, Joaquina Pedro, de 85 anos, que está a passar um momento complicado de saúde. No entanto, nem as sessões de quimioterapia foram capazes de parar o amor e a vontade de criar quadros em ponto cruz, algo que já faz desde muito nova e cuja paixão passou à filha e às netas. Dina Lizardo explica a O MIRANTE que a mãe nunca baixou os braços apesar de todas as adversidades e que não seriam a filha e as netas a fazê-lo. “Enquanto a minha mãe for fazendo estes quadros de ponto cruz e mantiver o sorriso no rosto é sinal que tudo está bem”, salienta.
Dina Lizardo, emocionada, diz que é a união entre os sócios, entre eles o seu marido, fundador e sócio número dois, que faz com que a associação continue a desempenhar um papel importante na comunidade. “Somos uma referência cultural no concelho e funcionamos como uma verdadeira família”, assegura.

Fernando Caio considera-se um apaixonado por arte e mostrou o seu trabalho na Mostra de Artesanato

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