“Depender da Bondade de Estranhos” é o novo livro sobre justiça de Rui Patrício
Alguns textos da obra são contra as aparências, os lugares-comuns, o machismo, mas também contra a hipocrisia e as agendas. Rui Patrício é um advogado mediático que nasceu no concelho de Santarém.
O novo livro do advogado Rui Patrício foi, na quinta-feira, 15 de Dezembro, colocado à venda e tem por título “Depender da Bondade de Estranhos. E outros textos leves sobre a leveza do processo penal”. O advogado natural de Alcanhões, Santarém, diz na contra-capa do livro que os “textos do livro são, pois, muitas vezes desgostosos, mesmo que humorados”.
O autor justifica o tema do livro com o facto de o processo penal já não ser o que aprendeu nos livros (e ainda se ensina). E explica: “não só porque as Leis vêm sendo alteradas, mas também porque tantas coisas mudaram na dimensão prática e nas representações sociais. O mundo do processo penal, sobretudo nalguns processos, é hoje outro, e lamento e critico várias mudanças”.
O advogado diz que o livro, com 554 páginas, reúne “textos de um bota-de-elástico do processo penal”, realçando que “muito do que se diz, noticia e discute sobre o processo penal não é correcto, é quase sempre superficial, amiúde é ligeiro e por vezes não é sério”. Alguns textos da obra “são contra as aparências, os lugares-comuns, o machismo, mas também contra a hipocrisia e as agendas”.
Rui Patrício, sócio da Morais Leitão, tem no seu currículo casos como o do BES ou do ex-vice-presidente de Angola, Manuel Vicente. Entre vários cargos, foi membro do Conselho de Prevenção da Corrupção (2017 a 2020) e actualmente é membro do conselho de administração da Fundação de Arte Moderna e Contemporânea – Coleção Berardo, por nomeação do Ministério da Cultura.