Banda do Ateneu Vilafranquense brilhou no primeiro concerto do ano
Para os músicos da banda o concerto de Ano Novo do município de Vila Franca de Xira é sempre um momento especial que dá o arranque para mais um ano criativo.
A preparação e ensaio do tradicional concerto de Ano Novo do município de Vila Franca de Xira, que se realizou na noite de 6 de Janeiro, com a banda do Ateneu Artístico Vilafranquense, demorou quatro meses a ser preparado. A banda interpretou temas como Meredith Wilson, Rossano Galante, Samuel Pascoal e Johann Strauss. O MIRANTE acompanhou os preparativos do concerto onde momentos antes de subirem a palco ainda se sentiam alguns nervos no ar. Apesar de todos terem outras responsabilidades fora da banda é o amor à música e ao público que os move e alimenta o empenho e a dedicação que entregam à banda.
A dirigir a banda desde 2019 Samuel Pascoal, 36 anos, maestro há mais de dez anos, explica a O MIRANTE que as músicas escolhidas para o concerto foram pensadas para que o público se pudesse divertir com o que ouvia. Sem fugir à tradição, as valsas e os pasodobles não faltaram, mas foram os ritmos quentes e a animação da marcha Radetzky que trouxeram a verdadeira animação ao ambiente.
Há três décadas a tocar clarinete na banda, Paulo Ferreira, 46 anos, admite que mesmo estando habituado a fazer concertos não deixa de sentir o nervosismo e a responsabilidade de entregar ao público um bom concerto. “O coração bate sempre um pouco mais acelerado e as mãos ainda suam antes de um”, confessa. Quando era jovem o pai deu-lhe a escolher entre a música e a canoagem e Paulo Ferreira acabou por escolher a música.
Meio século de banda
Com um percurso dentro da banda com mais de cinquenta anos José Luís Brissos, 66 anos, toca clarinete e acredita que é necessário dedicação e treino para aperfeiçoar as técnicas e o som do instrumento. Depois de um interregno de vários anos voltou à banda porque sentia falta da música e sabia que a paixão pela música continuava em si confessando que ainda sente alguns nervos antes de entrar em palco.
Quem também se apaixonou pela banda foi Carlos Serra, 60 anos, que com sete anos decidiu que queria aprender música e desde 1970 que faz parte da banda do Ateneu salientando que a música continua a ser o grande amor da sua vida.
Os músicos relembram com um sorriso um concerto onde puderam juntar-se a uma banda de heavy metal, o que tornou o momento mais especial e mostrou a diferença entre os dois estilos de músicas que, apesar de tudo, funcionou bem. Um concerto que consideram ter sido muito desafiante e que fez sorrir quem nele participou.