Cultura | 13-02-2023

Carnaval de Samora Correia vive de muito trabalho de bastidores

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Desde o início do ano que muitos voluntários trabalham no Centro Cultural de Samora Correia para que o maior Carnaval do Ribatejo volte a sair à rua. São noites passadas a colar adereços e a coser fatos para que tudo brilhe no desfile de carros alegóricos na Avenida o Século.

Há 36 anos que o maior Carnaval do Ribatejo sai à rua em Samora Correia. A cor, os figurinos e a alegria que o caracterizam deve-se ao trabalho de bastidores feito por voluntários que se entregam de corpo e alma a esta tradição. Este ano o desfile dos carros alegóricos na Avenida O Século está marcado para 19 e 21 de Fevereiro, mas desde o início do ano que os fatos estão a ser preparados no Centro Cultural de Samora Correia.
Uma das aderecistas que trabalha para que a festa se faça é Guida Barroca, de 53 anos. Vive em Samora Correia há 23 anos e participa no Carnaval da cidade há 22. Todos os dias, em horário pós-laboral, vai ajudar no que é preciso. Por volta das 20h00 chega ao centro cultural e conforme os dias trabalha três ou quatro horas. É uma linha de montagem em que cada um tem a sua tarefa. Na mesa estão as coroas dos fatos, ao lado da pistola de cola quente. O objectivo é que tudo brilhe na avenida.
O Carnaval que mais marcou Guida foi o de 2020, porque não participou. A pandemia pregou-lhe uma partida mas ainda gritou na rua enquanto os figurinos passavam. Ao fim destes anos lamenta que as pessoas de fora dêem mais valor ao Carnaval de Samora Correia do que as da terra. “Criticam porque fazemos, porque não se faz, porque está chuva ou sol. Mas o que conta é a nossa entrega e a diversão”, afirma.
Outra das presenças habituais no Carnaval de Samora é Jorge Vicente, de 28 anos. O cabeleireiro começou a desfilar na avenida aos oito anos, quando entrou para o grupo de teatro Os Revisteiros. Nos bastidores da festa sublinha o bom ambiente. Mesmo nos dias maus uns puxam pelos outros enquanto confeccionam os adereços. “Temos um momento em que dizemos que não fazemos mais carnavais, que é o último porque estamos cansados e nos enervamos. Mas é conversa, porque depois, quando chega a Outubro, começamos em delírio a pensar na festa”, conta. Para Jorge, o Entrudo é uma loucura saudável onde cresceu.

Doença tira Sónia Lapa do corso em que participou durante 30 anos
O Carnaval de Samora Correia é organizado desde sempre pela Associação Recreativa e Cultural Amigos de Samora (ARCAS). No entanto, todas as outras colectividades, incluindo o grupo de teatro Os Revisteiros contribuem para que a festa se realize. Sónia Lapa, responsável pelo grupo de teatro, desfilou na Avenida O Século durante 30 anos. O Carnaval de 2023 vai ser o primeiro em que não irá no topo do carro alegórico por causa da doença oncológica.
Da primeira vez que o cancro da mama apareceu Sónia ainda desfilou, mas desta vez faltam-lhe as forças. A pintora e actriz volta a coordenar os figurinos do Carnaval, a orientar a confecção dos fatos, a dar alento aos aderecistas nos bastidores e a preparar o carro alegórico (carro da Lapa) que vai entrar no desfile com a sobrinha Rita.
Para Sónia o mais difícil no Carnaval é coordenar as pessoas por causa dos egos. Além disso os tecidos e as costureiras são dispendiosos. O facto da ARCAS estar a passar por um período difícil também não ajuda. O Carnaval é feito à base da carolice. As pessoas gostam e divertem-se. Ir dois dias desfilar na avenida é uma purga. Para a actriz, mais do que nunca, o Carnaval de Samora Correia tem de se afirmar como o maior e melhor do Ribatejo. Começaram a surgir pequenos carnavais espontâneos noutras freguesias do concelho de Benavente o que não é benéfico para a festa.
“A Câmara de Benavente devia agregar e juntar as pessoas todas em Samora Correia. Se viessem da Barrosa, Santo Estêvão e Benavente podíamos tornar a festa maior. Infelizmente isso não acontece e surgem rivalidades ridículas e tristes que não beneficiam ninguém. O que vale é o Carnaval ser visitado por muita gente de outros municípios”, reitera Sónia Lapa.

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